quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

A MORTE DO ARTISTA, COMUNICADOR E ACADÊMICO RAYNON JUNIOR






Em menos de um ano a AVL perdeu 4 dos seus acadêmicos. Em meio a crises (esta de 2018 foi a segunda) entre alguns membros, que deixaram a instituição, ainda enfrentamos a dor, a tristeza e o luto pelo falecimento de confrades queridos. Por isso é tão importante o fortalecimento cada vez maior da AVL e o espírito de fraternidade e solidariedade entre os seus membros. A AVL é a mais importante entidade cultural que desde a sua fundação, em 2002, realiza trabalhos relevantes em prol da cultura, das letras e da história dos dois municípios irmãos, apesar da imensa dificuldade que tem em atuar tendo em vista que seus membros moram em locais distantes ou tem outros afazeres profissionais - e até mesmo a limitação da idade e de saúde que os impedem de estar presentes às reuniões e sessões - como é o meu caso, que moro em Macapá mas ajudo na redação e organização deste blog!
Mas vamos à luta, sempre!
Em 06/04/2018 foi o poeta Antônio Moysés Neto; em 19/01/2019 foi a vez de Agnor Lincoln da Costa; no dia 03/02/2019 perdemos o reverendo Padre Sérgio Ielmeti e, logo em seguida, dia 18/02/2019 falece o acadêmico Raynon Júnior.
(Paulo Tarso Barros)


Raimundo Nonato Viana Sousa nasceu no dia 31 de agosto de 1965 em Arari, filho de Benedito de Jesus Silva Sousa e Júlia Viana Sousa. Compositor, cantor, radialista, bacharel em Teologia; pós-graduado, em nível de especialização, em comunicação radiofônica; representante comercial, líder comunitário. Estudou o ciclo do hoje chamado Ensino Fundamental no Colégio Arariense e no Ginásio Bandeirante de Santa Inês-MA; o de Ensino Médio na Escola São José, de Miranda do Norte-MA, donde saiu com o título de técnico em administração; e o de Ensino Superior na Faculdade Hokemã, em Vitória do Mearim. Participou de atividades teatrais e de cursos e treinamentos em áreas que vão da enfermagem às técnicas de vendas, de auxiliar de escritório à capacitação gerencial.
Sendo, desde 29.01.2010, membro da Academia Arariense-Vitoriense de Letras-AVL, Raynon era um arariense muito ligado a Vitória do Mearim, ocupando na referida entidade a Cadeira 33, da Seção Vitoriense, patroneada pelo padre José Lourenço Bogea, sacerdote também arariense que associou a sua vida a Vitória do Mearim, onde exerceu o paroquiato entre os anos 1830 e 1860.
Raynon Jr faleceu em 18/02/2019 em São Luis-MA, às 15h:30min, após internação hospitalar por poucos dias, aos 53 anos de idade, deixando uma legião de amigos e admiradores, mercê do seu reconhecido talento artístico e da sua proverbial cordialidade para com todos.











Nota de Pesar em face do falecimento do confrade Raimundo Nonato Viana Souza, Raynon Júnior
(Por Washington Cantanhêde) 

Externo publicamente o meu pesar pelo falecimento, hoje às 15h:30min, do radialista, compositor e cantor Raimundo Nonato Viana Souza, Raynon Júnior , figura humana agradabilíssima, que associava reconhecido talento nas suas atividades artístico-profissionais às virtudes da lealdade e da cortesia, com o que bem encarnava o espírito da Academia Arariense-Vitoriense de Letras-AVL, da qual fazia parte.
Raynon era arariense muito ligado a Vitória do Mearim, ocupando na referida entidade a Cadeira 33, patroneada pelo Padre José Lourenço Bogea, sacerdote também arariense que associou a sua vida a Vitória do Mearim, onde exerceu o paroquiato por 35 anos, nos primeiros tempos de existência do Município de Vitória.
Tive a honra de apadrinhar a candidatura de Raynon para a referida cadeira, pertencente à Seção de Vitória do Mearim, tendo também o prazer de proferir o discurso de recepção ao novel confrade quando de sua posse na AVL, em 29.01.2010.
Sinto-me deveras triste com a partida de mais esse confrade, o terceiro que a AVL perde em um lapso de 30 dias, tanto mais quando se verifica tratar-se de pessoa ainda relativamente jovem, capaz de oferecer maiores contribuições culturais ao nosso povo, não fossem os problemas de saúde de que foi acometido há algum tempo.
Que descanse em paz o querido confrade e amigo, recebendo-o Deus em Sua morada!
Manifesto minha solidariedade à família enlutada.
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Raynon Júnior no centro de São Luís

Rainon Júnior e seus familiares

Raynon Júnior em seu ofício de locutor



domingo, 3 de fevereiro de 2019

AVL ELEGE E EMPOSSA NOVO PRESIDENTE E VICE


ACADEMIA ARARIENSE-VITORIENSE DE LETRAS – AVL TEM NOVO PRESIDENTE E VICE

A Academia Arariense-Vitoriense de Letras elegeu, neste dia 2 de fevereiro, os acadêmicos José Antônio Nunes Aguiar e Raimundo Cosme da Silva Filho, ararienses, para os cargos de presidente e vice-presidente da entidade, que se encontravam vagos.
Os eleitos, imediatamente empossados, cumprirão o tempo restante do atual mandato, que terminará no final de janeiro de 2020, quando a AVL completará 20 anos de existência e passará para Vitória do Mearim a direção dessa que é a mais importante entidade cultural já surgida nos dois municípios.
O novo presidente promete realizar importantes atividades em 2019, sendo a primeira delas a sessão comemorativa do aniversário de Vitória do Mearim (abril), com lançamento de mais uma edição da Folha da AVL.
Continua como Diretor da Seção Vitoriense Washington Cantanhêde.
José Antônio Nunes Aguiar (Midubim) e
Raimundo Cosme da Silva Filho



VITÓRIA DO MEARIM E A AVL DE LUTO


Morreu na madrugada do dia 3 de fevereiro de 2019 o monsenhor Sérgio Ielmeti após mais de 20 dias de enfermidade. O óbito aconteceu em um hospital do município de Santa Inês-MA onde ele estava internado com pneumonia, além de ter sofrido intervenção cirúrgica para retirada de coágulo no cérebro.
Padre Sérgio chegou a Vitória do Mearim no dia 16 de agosto de 1969 para substituir o cônego Eliud Nunes Arouche (1898-1969), já muito doente e idoso e aqui decidiu permanecer após seu afastamento das atividades na Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré.
Nascido em 13 de agosto de 1929, na Itália,  padre Sérgio adotou Vitória do Mearim onde desenvolveu intensa atividade evangelizadora e social. Era incansável em seu trabalho e conseguiu transformar o Instituto Nossa Senhora de Nazaré em um estabelecimento educacional de renome.
Em setembro de 2018, ex-alunos do INSN se reuniram para homenageá-lo com uma efígie, juntamente com o cônego Eliud Nunes Arouche, outra personalidade marcante em sua passagem de cinco décadas à frente da Paróquia e do INSN.
Padre Sérgio ocupava a Cadeira 11 da AVL, cujo patrono era o cônego Eliud Nunes Arouche.












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Obrigado, Pe. SÉRGIO!

Pe. Sérgio foi um dos primeiros sacerdotes que apoiou integralmente os projetos que desejamos implementar em Vitória do Mearim. Tornou-se um amigo imprescindível em todas  as nossas manifestações  e compartilhava com um entusiasmo indescritível.  Plantou uma das Palmeiras (das dez que foram plantadas na Praça Matriz) e vamos identifica-la na próxima vez que estivermos em Vitória do Mearim. Desta última vez que visitamos nossa cidade querida, em dezembro de 2018 na Ação Social (atendimento médico e o Natal das crianças), nos encontramos em um jantar na OAMI onde residia. Foi nossa despedida. 
Pe. Sérgio, que Deus e Nossa Senhora o tenha em seus braços.
(José Farias, acadêmico da AVL e missionário)
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Cada alma boa que parte para a vida eterna, nos deixa consternados e muito tristes! Mas, haveremos de convir de que cada um que vem para temporamente permanecer neste plano terrestre tem uma missão. E acredito que a missão do Monsenhor Sérgio Ielmetti foi cumprida e muito bem! Assim, só nos resta agradecer a Deus pela sua existência entre os vitorienses, somente praticando o bem. A sua alma foi elevada e agora recebida com aplausos e colocada em lugar próprio para os homens bons de coração e defensores da causa dos mais necessitados.
Meus pêsames aos vitorienses conterrâneos meus!
(Amparo Coelho, acadêmica da AVL)
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NOTA DE PESAR do
Promotor de Justiça vitoriense Washington Cantanhede, eterno aluno do Monsenhor Sérgio Ielmetti:
 Em meu nome e em nome dos meus pais, hoje idosos e enfermos, manifesto público pesar pelo falecimento de um dos maiores benfeitores que Vitória do Mearim já conheceu: o sacerdote Italiano Sérgio Ielmetti, que dedicou 50 dos quase 90 anos da sua existência missionária à catequese cristã e ao desenvolvimento social do povo vitoriense.
 Sou muito grato a Deus pela convivência que me permitiu ter com esse grande cidadão italo-brasileiro durante toda a minha vida, mais intensamente nas minhas infância e adolescência e, desde o ano 2000, como confrade da Academia Arariense-Vitoriense de Letras.
 Com ele aprendi muitas lições. A maior delas foi a de que não somente é cristão dar o peixe, mas igualmente ensinar a pescar, a fim de que os seres humanos sejam livres de amarras que possam escravizá-los.
 Nunca me esqueci e jamais me esquecerei da sua importância na minha vida e na vida da minha geração, notadamente daquela turma de pouco mais de 30 alunos que, pela primeira vez, conseguiram em 1977, no Instituto Nossa Senhora de Nazaré, que ele revitalizou e expandiu, concluir o segundo ciclo do antigo 1o Grau, hoje Ensino Fundamental, que ele mesmo criara. Essa turma, cuja grande parte, na qual me incluo, estudou no Instituto desde a 1a. série primária, prestou-lhe o tributo devido em setembro do ano passado, assentando no pátio do colégio a sua efigie metálica. Conseguimos, felizmente, dar-lhe as flores em vida.
 Sinto-me muito grato, repito, por ter colhido frutos das sementes que Monsenhor Sérgio Ielmetti plantou no solo fértil da Vitória. E honrado por ter ele feito parte da minha vida.
 Vereador, homenageei-o com a proposta, aprovada, de conceder-lhe o título de cidadão vitoriense, em 1989.
Passados 30 anos desde então, começo a prestar-lhe agora as devidas homenagens póstumas.
 Descanse em paz, querido amigo, mentor e benfeitor Padre Sérgio Ielmetti!
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E AQUI PLANTOU-SE PARA A ETERNIDADE

Eu tinha 8 anos quando ele chegou a Vitória. Fui seu aluno no INSN (onde também era o diretor) e na Escola Ana Bogéa Gonçalves. Fui seu coroinha por algum tempo e muito andamos pelo interior junto com a sua pequena comitiva, quando ele celebrava missas e batizados e era bem recepcionado pelas pessoas das povoações. Acostumei-me com ele na missa, no INSN, na Praça Rio Branco onde eu morava e me admirava de sua habilidade em subir à torre da igreja para posicionar os alto-falantes. Era uma presença constante na pequena cidade de Vitória do Mearim e pelos seus interiores. Ele viajava de lancha, de automóvel ou mesmo em lombo de animais. Carregava um grande chaveiro pendurado ao cinto, pois abria e fechava a igreja e as casas da paróquia. Fui seu locutor por algum tempo ao lado do confrade Washington Cantanhêde. Fui até, algumas vezes, cinegrafista (péssimo, por sinal), pois ele trouxe da Itália uma filmadora Super-8 e registrava algumas cenas para mostrá-las posteriormente ao povo. Padre Sérgio fazia parte nas nossas vidas e influiu de forma positiva em várias gerações – que se sentem gratas por esse convívio, ensinamentos e exemplos recebidos. Com aquele seu jeito simples de europeu que se aclimatou na Ribeira do Mearim, conseguiu realizar tantas coisas. Foi e continuará marcante em nossa terra os seus feitos e obras. Afinal, foram 50 anos ao lado do nosso povo e ele se tornou um de nós. Nunca trabalhou para si mesmo e para seu conforto e bem-estar: doou-se de corpo e alma à terra que o acolheu, deixou sementes e mudas e aqui plantou-se para a eternidade!

(Paulo Tarso Barros, Acadêwmico da AVL, Cadeira nº 31)

Pe. Sérgio deixá um grande exemplo a ser seguido ao povo vitoriense. Foi um grande lutador na defesa dos fracos, oprimidos e marginalizados A sua vida foi também de renúncia, pois escolheu Vitoria e o próprio nome diz tudo, um verdadeiro Guerreiro de Cristo. Nós, irmanados, estamos todos tristes com sua ida. O povo de Vitória e de Arari foram escolhidos por duas almas maravilhosas: Pe.  Sérgio e Pe. Brand que hoje estão juntos  lá no céu e que sempre foram grandes amigos, lutaram o bom combate. A tristeza que hoje abate o povo vitoriense com sua passagem sera glória sempre a todo este povo. Pe. Sergio, homem de muita sabedoria, no dizer de seu ex-aluno eterno Washington Cantanhede: somos felizes pela semente plantada em nossa vida, suas lições de muito trabalho e amor.

Adeus, Pe. Sérgio, a sua alma está alegre no céu. Nosso Senhor também está alegre!
(César Abas, acadêmico da AVL)



A VIAGEM INCONCLUSA, REMEMORADA 30 ANOS DEPOIS

  Na estrada, a morte súbita do prefeito Jorge Moisés ao anoitecer. As consequências políticas do fato histórico vitoriense. Por Washington...