Faleceu no dia 8 de setembro de 2019, no início da noite, a Sra. MARIA BENEDITA MACIEL CANTANHÊDE, de 81 anos, nascida no dia 24 de abril de 1938. Desde 2016 ela enfrentava graves problemas de saúde após sofrer um AVC. Ela foi casada com o Sr. ANTÔNIO DUARTE CANTANHÊDE, ex-vereador de Vitória e ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e mãe do Dr. Washington Cantanhede, promotor de Justiça, historiador, escritor e presidente da Academia Vitoriense.
Seu corpo foi sepultado no dia 09/09/2019 no antigo cemitério municipal.
Antônio Duarte cantanhêde e Benedita Maciel Cantanhêde |
Benedita Maciel Cantanhêde e Washington Cantanhêde |
Por ocasião da missa de sétimo dia, seu filho único Washington proferiu um belo e tocante discurso em homenagem a sua querida e amada mãe:
Busquei jeito de começar a escrever esta fala sem me
alongar muito,
respeitando a necessidade de expressar o meu sentimento e o de
meu pai, mas
considerando a especificidade emocional deste momento e até o
adiantado da hora,
porém, mais ainda, tendo em mente, como disse o genial
escritor Graciliano Ramos,
que “a palavra não foi feita para enfeitar, brilhar
como ouro falso; a palavra foi
feita para dizer" – simples assim.
Nesse sentido, o que me veio à mente foi construir um
texto que tomasse como
referência, na história da vida dos meus pais e, por
consequência, na minha história,
uma data que parece ter sido reservada por
Deus para lhes dar, e para nos dar,
grandes lições.
Refiro-me ao dia 9 de setembro.
Foi no dia 9 de setembro de 1908, dia de lava-pratos
da festa da padroeira,
Nossa Senhora de Nazaré, 111 anos atrás, que a acanhada
Vila da Vitória do Mearim
assistiu estarrecida ao grotesco espetáculo
protagonizado por Francisco Raimundo
Maciel, conhecido como Doura Maciel, homem
rude, mas de consideráveis posses,
criador de gado na região do Japão e circunvizinhança,
entre os rios Mearim e Grajaú.
Como de costume, ele então galopava desastradamente o
seu bem tratado cavalo
pelas ruas da vila, enquanto na igreja matriz se
encontrava a sua fina e gentil esposa
Rita Belfort Gomes Maciel.
O cônego Francisco Pimenta Bastos, descendente de
ararienses que, procedente
de São Luís, ali ministrava sacramentos, informado
de que Doura Maciel costumava
fazer aquilo quando já havia bebido bastante,
censurou severamente a conduta.
Espanto geral: Doura, sabendo disso, e revoltado
porque não estaria embriagado
ainda, adentrou a igreja ornado de perneira e sem
se desfazer das esporas, querendo
agredir o padre, no que foi impedido por
terceiros.
Na mesma ocasião, foi batizado o menino Temístocles,
da família Rodrigues, que
ficaria conhecido como Tomé Rodrigues e, adulto,
casando-se com Joana Bacarias,
geraria vários filhos, dos quais o seu caçula,
tão querido por todos nós, é Antônio
Francisco Bacarias Rodrigues, conhecido
como Toninho do Correio.
Os padrinhos de Tomé eram os seus tios Dionísio José
Rodrigues (irmão de seu pai)
e Marcelina Rodrigues Chaves (prima de seu pai).
Dionísio se casaria com a
professora Mariquinha Correa, gerando numerosa
descendência. E Marcelina, então
com 17 anos de idade, logo depois também se
casaria, deixando grande
descendência, igualmente.
Batizado Tomé, a vida seguiu o seu curso natural.
Horrorizada, todavia, com
a cena protagonizada porDoura, a jovem madrinha
Marcelina, católica, guardou-a
na memória por décadas a fio. Marcelina já trazia,
desde a infância, a concepção de
que os Maciel Parente (família que, com o
passar do tempo, pela redução do
sobrenome, passara a ser Maciel apenas) tinham
“marcação” com o ramo da
família Rodrigues Chaves a que ela pertencia, haja
vista os enlaces polêmicos – um,
pelo menos, com perda patrimonial – entre
homens da família Maciel e mulheres
da Rodrigues Chaves. O tempo foi passando e
novos relacionamentos entre membros
dessas duas famílias foram acontecendo,
gerando mais insatisfação. Um
desses relacionamentos, entretanto, foi exitoso:
o casamento, no início dos anos 1950,
de Máxima Lopes, sobrinha-neta de Doura
Maciel, com João Cantanhede, este,
fruto do casamento de Marcelina Rodrigues
Chaves com Marcelino Duarte Cantanhede.
Em 1960, os anteriores encontros ocasionais na casa de
João Cantanhede e Máxima,
os flirts nas festas animadas no Interior pela banda
sob regência do maestro
Áureo Bartolomeu Franco, e outros contatos fortuitos
entre Maria Benedita Silva
Maciel, parenta de Máxima, e Antônio Duarte
Cantanhede, um dos músicos da citada
banda de Arico e filho de Marcelino e
Marcelina, indicam evolução para
namoro. Marcelina, com a imagem dos Maciel a
causar-lhe arrepios, alega que o
filho já é comprometido e não aprova essa
expectativa de namoro. Entretanto,
a 28 de janeiro de 1961, Antônio Cantanhede
comparece ao cartório para dar a registro
um fato triste: Marcelina havia
falecido aos 69 anos de idade.
O namoro de Antônio com Benedita consolida-se. Evolui.
Os familiares dos
namorados passam a conhecer-se reciprocamente. Antônio cai
nas graças dos pais da
noiva: Maria Madalena Silva Maciel, conhecida como
Cotinha, e João Benedito
Maciel, quando jovem conhecido como de João de Doura,
agora já chamado apenas
de João Doura. E Benedita cai nas graças de Marcelino
Cantanhede.
Estamos agora no dia 9 de setembro de 1962, dia de
lava-pratos da Festa de Nossa
Senhora de Nazaré. Benedita, uma neta de Doura
Maciel, o destemido vaqueiro
farrista do início do Século, casa-se, na mesma
igreja matriz de Nossa Senhora de
Nazaré onde o seu avô aprontara exatamente 54
anos antes, com Antônio, o caçula,
dentre os homens, dos filhos de Marcelino
Duarte Cantanhede e Marcelina
Rodrigues Chaves Cantanhede, esta que presenciara
e tanto repudiara, por toda
a vida, o procedimento de Doura...
Ao morrer, em 1968, Marcelino Duarte Cantanhede, bem
tratado pela nora, tinha-a
como sua confidente...
No ano seguinte, 1969, eu, filho biológico único
daquele casal, estava, no mês de
junho, poucos dias após completar 6 anos de
idade, em pleno êxtase. Vibrava
intensamente o meu percentual de sangue afro.
Afinal, meu pai, de tanto lutar para
que eu não saísse de casa para as festas
juninas debaixo de um “boi-de-cofo”, com
“lombo” de toalha de mesa de chita,
que eu resolvi fazer, rendera-se aos
fatos e encomendou um boizinho de armação
de buriti, todo coberto de pano e com
lombo caprichado, confeccionado pelo
amigo e vaqueiro da família, João Gomes, e
minha mãe se encarregou de preparar
vestimentas e adereços necessários, além de
convocar outras mães para fazerem o
mesmo em prol dos seus filhos.
O bumba-boi organizado de crianças e adolescentes
percorre, enfim, as ruas de
Vitória do Mearim. E eu, “pra dizer” que era o amo,
ia na frente, levado pelos meus
pais, porém – a bem da verdade – mais por minha
mãe, pois, se bem me lembro,
Papai não foi totalmente ativo naqueles momentos,
talvez receando pagar mico
ainda maior... Mas, ela... Ah, como estava radiante,
como participou da brincadeira e
como comandou, de certa forma, o espetáculo
público! Há uma foto que
imortalizou o momento e atesta a afirmação.
Minha mãe, Maria Benedita Maciel Cantanhede, que com a
idade de 81 anos fez
a sua passagem no último dia 8, quis ser comerciante, quis
avançar nos estudos
formais e quis ser servidora pública na área da saúde,
aventurando-se a exercer por
algum tempo cada uma dessas atividades,
concomitantemente com a faina doméstica
de extremosa esposa, minha dedicada e
protetora mãe biológica, mãe de criação de
várias pessoas e dona de casa cheia
de gente, que operava, diariamente, o milagre
da multiplicação do pão.
Obstáculos que se lhe opuseram impediram-na de
alcançar aqueles objetivos no
hostil mundo extramuros ao ambiente familiar das
décadas de 1970 e 1980. Será que
ela foi derrotada? Não, por vários motivos,
que aqui não cabe destacar, ela venceu!
Acho que sobre isso ela diria, como
Timóteo na sua Segunda Carta (4: 7-8):
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a
fé. Desde agora, a coroa da
justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não
somente
a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
E eu diria, como na 2ª Carta de São Paulo aos
Coríntios (4: 8-11):
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados;
perplexos, mas não
desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos,
mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor
Jesus no nosso corpo, para
que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos
corpos; E assim nós, que
vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de
Jesus, para que a vida de
Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.”
A personalidade forte, corajosa e resistente de Mamãe
foi forjada pelo permanente desejo
de progredir, como nos sonhos da meninice
carente (em que, no recôndito interior de
Vitória do Mearim, imaginava, por
exemplo, como seriam soldado e padre, pois tais
figuras ali eram
desconhecidas), e pelas experiências de toda a vida, como no fulgor
da
juventude (em que, dividindo o seu tempo entre a convivência com a família no
Interior e com a madrinha Engrácia Lopes Gonçalves Maciel e outros parentes na
cidade,
se impunha pela disposição e pelo talento para as prendas domésticas,
bem como
pela simpatia e pela bela morenice, típica do ramo dos Maciel a que
pertence).
Assim, Benedita Maciel Cantanhede foi o porto seguro
de que precisava o
agricultor, pequeno criador, alfaiate e músico Antônio
Duarte Cantanhede para
não esmorecer ao longo da vida, mas, ao contrário,
seguir em linha ascendente,
abraçando atividades para as quais a sua inegável
sociabilidade apontava o
caminho: sindicalismo e política.
E Benedita Cantanhede foi, ao longo dos meus 56 anos de
vida, e continuará sendo,
no tempo que Deus ainda me conceder de vida, a
fortaleza diária do meu coração
e da minha memória, donde saem as lições
necessárias para bem viver. E como
lamento, teimoso na juventude, não ter
ouvido bem, e compreendido melhor,
algumas dessas lições ao longo da vida!
Talvez não tivesse cometido certos erros...
E como doeu (só eu posso saber!)
não poder ouvir, pelos 3 anos e meio em
que ela sobreviveu após o forte AVC que
lhe tirou a fala e a maior parte dos movimentos,
o seu chamado para sentar-me à
mesa, para seguir o bom caminho e, enfim, para viver
bem a vida – mesmo aqueles
chamados mais severos, que a fizeram tornar-se, na
boca do seu primeiro
sobrinho, afilhado e filho de criação José Antônio Rabelo, em
“Dona Benedita,
diplomada em lição de moral!”...
Eu devo a minha existência, a minha constituição
material, a minha sobrevivência
e muitíssimo da minha conduta ao esforço
conjunto e consciente do meu pai e da
minha mãe – é inquestionável. Mas o meu
jeito de ser como figura pública
é, essencialmente, uma invenção de Mamãe. Com
efeito, ela foi não somente a mãe que
me alfabetizou quando eu tinha 3 anos de
idade e que, em todos os sentidos, me preparou
e encaminhou para a vida
escolar, tanto em Vitória quanto em São Luís, mas a mãe que
me incutiu a
necessidade de primar pela dignidade, não somente a própria como também
a
alheia, em todas as situações, e a mãe que, inclusive, me iniciou na
consciência
de cidadania.
Afinal, era ela, por exemplo, quem me ensinava o hino
nacional naquele distante início
de janeiro de 1970, quando me alegrava a
expectativa de logo cursar o primeiro
ano primário, tudo acompanhado, sem que
se soubesse, por José dos Santos Pereira de
um cômodo da casa vizinha, onde
ele, sigilosamente, se encontrava em momento dos
mais trágicos para Vitória do
Mearim e para a vida daquele amigo do meu pai. Era
Mamãe quem, na minha
infância e adolescência, me recomendava discursos em
momentos solenes,
políticos e/ou festivos, e ainda requeria que eu preparasse o
“improviso” com
antecedência, pois a minha primeira plateia seria constituída de
um só
espectador – ela mesma, dentro de casa, e com elevado grau de
exigência
perfeccionista. Quando não recomendava, mas sabia que a incumbência
me fora
dada por outrem, não deixava por menos:
a primeira exibição seria para
ela. E assim fui me acostumando...
Foram as histórias pós-almoço ou antes do sono
noturno, sobre os fatos e as pessoas
do passado, de dentro e de fora das suas
famílias, contadas por Mamãe, e também por
Papai, que me fizeram gostar dessa
senhora encantadora, sedutora e inalcançável: a
História.
E vejam: foi, de posse da memória oral que eles
compartilharam comigo, que, como
amante e pesquisador da História, acabei –
primeiramente, um tanto por acaso;
depois, intencionalmente, e como quem cumpre
uma missão – chegando ao campo
da pesquisa genealógica da gente do Mearim,
extraindo dos documentos
mofados e empoeirados dos cartórios e arquivos,
eclesiásticos e oficiais, as
informações mais importantes até agora alcançadas
por mim.
Descobri que meus avós paternos, Marcelino e
Marcelina, eram primos distantes,
tanto um quanto o outro, descendentes do
primeiro Maciel Parente e da
primeira Cantanhede da Ribeira do Mearim –
condição de que, tudo indica, passaram
toda a vida sem saber... Descobri que
Lourenço Maciel Parente, um fazendeiro do
Mearim que viveu entre os anos 1760 e
1810, requereu e conseguiu título de
fidalgo da Casa Real Portuguesa, era ancestral de Marcelino e Marcelina.
Descobri que ele tinha um irmão chamado Inácio João Maciel Parente, casado
este com Maria Bárbara Maciel Aranha, com vários filhos, sendo um deles
José Maciel Parente, o qual, casado com Josefa Joaquina Cardoso, teve um
filho com o mesmo nome, que, entretanto, passando a identificar-se como
José Tomás Maciel (eliminou o sobrenome Parente),
fidalgo da Casa Real Portuguesa, era ancestral de Marcelino e Marcelina.
Descobri que ele tinha um irmão chamado Inácio João Maciel Parente, casado
este com Maria Bárbara Maciel Aranha, com vários filhos, sendo um deles
José Maciel Parente, o qual, casado com Josefa Joaquina Cardoso, teve um
filho com o mesmo nome, que, entretanto, passando a identificar-se como
José Tomás Maciel (eliminou o sobrenome Parente),
viveu em
união, como se casado fosse, com Maria Evarista Nunes, sendo eles os
pais de
numerosa prole, da qual descende a maior parte dos que hoje em dia
têm o
sobrenome Maciel em Vitória do Mearim ou que, mesmo radicados fora
deste
município, sendo reconhecidamente descendentes do casal, ainda
conservam o
sobrenome Maciel.
O filho mais velho de José Tomás Maciel era Francisco
Raimundo Maciel, que no seio
da família foi apelidado de Doura. Bem, esse personagem já foi referido no
início
da minha fala. Vamos repetir o que lá no início também foi dito: ele foi
o pai de João
Doura Maciel e o avô de Maria Benedita Silva Maciel.
Portanto, Antônio Duarte Cantanhede, filho de
Marcelino Duarte Cantanhede e
Marcelina Rodrigues Chaves – tetraneto, por
partes de pai e de mãe, do fidalgo
Lourenço Maciel Parente – ao casar-se com
Benedita Maciel, uniu-se em matrimônio,
na verdade, a uma tetraneta do seu
tio-tetravô, Inácio João Maciel Parente, irmão do
referido Lourenço Maciel
Parente. Entenderam? Complicado, né?
Surpresas, de todo modo: não somente Marcelino e
Marcelina eram da família
Maciel e primos distantes entre si; Antônio e
Benedita também!... E Marcelina
Rodrigues Chaves, que tinha justificada repulsa
aos Maciel desde o dia 9 de setembro
de 1908, morreu sem saber que era também
um membro dessa família... Ninguém sabia...
Felizmente, meus pais, casados no dia 9 de setembro de
1962, diferentemente dos
meus avós paternos, souberam a tempo de refletir sobre
o assunto, antes do adoecimento
de Mamãe. Rimos bastante disso, nós três. Agora
era eu quem lhes contava
histórias – a própria origem deles, a minha própria história ancestral, que tinha
ficado, durante
histórias – a própria origem deles, a minha própria história ancestral, que tinha
ficado, durante
séculos, encoberta pela poeira do
tempo...
Pela terceira vez, entra, finalmente, o dia 9 de
setembro nesta história: foi quando, na
última segunda-feira, então completando
57 anos de casados, minha mãe e meu pai
tiveram que separar-se, por morte dela.
Meu pai lembrou o fato na hora em que,
ao amanhecer, acordando ele de um sono
tranquilo que Deus lhe proporcionou na
noite anterior, eu, com olhos do dia
anterior, lhe contei a mais difícil das histórias
que já compartilhamos – que
Mamãe partira ainda na noite passada...
Um longo capítulo dessa história termina aqui: “E o
Deus de toda a graça, que em
Cristo Jesus os chamou à sua eterna glória, depois
de haverem padecido um pouco,
ele mesmo os restaure, sustente e fortaleça,
colocando-os sobre um firme alicerce.”
(1ª Carta de São Pedro, 5:10).
Dedico esta história, antes de todos, ao meu pai,
Antonio Duarte Cantanhede, tão
amoroso marido e pai pela vida inteira; a
Antônio Duarte Cantanhede Neto e
Washington Luciano Silva Cantanhede,
co-partícipes da experiência de perpetuação
do nome, meus filhos. Dedico-a
também a Manoel da Silva Barros, irmão de
criação, casado com a minha prima
Francisca Maciel Silva, meus compadres – ela,
sobrinha de Mamãe, de quem cuidou
com extrema dedicação pela quase totalidade
do tempo da sua debilidade maior.
Dedico-a, por igual, a todos os meus parentes que
foram solidários conosco,
presencialmente ou em orações, durante o sofrimento da
minha mãe, e o faço nas
pessoas de Kátia Regina Maciel Silva (Cinda), que foi criada
por meus pais, de
minhas primas-irmãs Antônia Francisca Rabelo Pinto, presença
constante na vida
de Mamãe, e Antonia Francisca Maciel Silva, presença importante
em vários
momentos da vida de Mamãe, inclusive os últimos. Dedico-a, igualmente, a
todos
os cuidadores, amigos e aos muitíssimos compadres e afilhados de Mamãe
que,
também presencialmente ou em orações, ajudaram-nos a superar a dor, e o faço
nas pessoas de Maria Ribamar Mendes (Caçula), parceira polivalente que,
inclusive, segurava a mão da minha mãe nos seus momentos finais, e de Maria de
Matos Lopes, acompanhante solícita e gentil. Dedico-a, finalmente, a todos os
que
nos confortaram, desde antes até hoje, e o faço na pessoa de quem, com
amor, tem
tornado os meus dias menos sombrios, definitivamente mais alegres:
Gysele de
Almeida Martins.
Agradeço, sobretudo, a Deus, pela vida da minha mãe,
pela esposa e mãe que ela
sempre foi e pela família em que tenho vivido.
Agradeço, em meu nome e em nome
do meu pai e dos meus filhos, a todos os
profissionais da área da saúde que nos
momentos críticos de doença de D.
Benedita fizeram a diferença positiva para que
ela vivesse, citando como
máximos exemplos o psiquiatra e pisicanalista Francisco
Frazão, a
gastroenterologista Lícia Fonseca e os neurologistas do Hospital Carlos
Macieira, todos representados na pessoa do conterrâneo e confrade das letras,
tão
essencial no socorro imediato ao AVC sofrido por Mamãe, momento da minha
maior angústia que ele, mostrando-se médico humano e amigo, me ajudou a
administrar: Nerly Vale Cutrim.
Manifestamos também a nossa gratidão a todos os que
nos prestaram auxílio e
socorro espiritual, durante a doença de D. Benedita e
após o seu falecimento,
representando-a com um obrigado ao amigo e sacerdote
Pe. Osvaldo
Marinho Fernandes.
Marinho Fernandes.
Obrigado a todos os parentes e amigos que estão aqui,
dirigindo-o à pessoa da
minha tia Raimunda Maciel de Abreu, irmã caçula de
Mamãe.
Digo-lhes: a história sofreu uma parada, mas só por
enquanto...
E encerro com palavras de Padre Zezinho, rogando por
todos nós, pelas nossas
famílias, mirando a que Mamãe soube ajudar a construir:
Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador
Que a família comece e termine sabendo aonde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor
Abençoa Senhor as famílias, Amém!
Abençoa Senhor, a minha também!
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