CADEIRA Nº 1 (Vitória do
Mearim)
Patrono – ANA LEONOR BOGEA GONÇALVES. Educadora.
(1877-1967).
CADEIRA Nº 2 (Vitória)
Patrono – ANDRÉ LOBATO MARTINS. Tribuno. (1900-1977).
CADEIRA Nº 3 (Vitória)
Patrono – ANTONIO ADEMAR MACEDO. Produtor e diretor teatral.
(1908-1975).
CADEIRA Nº 4 (Vitória)
Patrono – AUGUSTO CÉSAR DOS REIS RAYOL. Poeta. (Século XIX)
CADEIRA Nº 5 (Vitória)
Patrono – AUGUSTO CÉSAR LOPES GONÇALVES. Jurista,
historiador e tribuno. (1865-1938).
CADEIRA Nº 6 (Vitória)
Patrono – ÁUREO BARTOLOMEU FRANCO. Músico e maestro.
(1901-1976).
CADEIRA Nº 7 (Vitória)
Patrono – BARTOLOMEU DOS SANTOS. Poeta popular e cantador.
(1910-1991).
CADEIRA Nº 8 (Arari)
Patrono – BENEDITO ALVES CUTRIM. Sacerdote. (1924-1991).
CADEIRA Nº 9 (Arari)
Patrono – CLODOMIR BRANDT E SILVA. Sacerdote, educador,
jornalista, historiador e romancista. (1917-1998). Escritos sem ordem;
Famílias Ararienses; Assuntos Ararienses (2 volumes); Os caminhos de
Silvana; Folha Miúda, minha dor; etc.
CADEIRA Nº 10 (Arari)
Patrono – DAVID MACIEL SANTOS. Tribuno e jornalista.
(1943-1996).
CADEIRA Nº 11 (Vitória)
Patrono – ELIUD
NUNES AROUCHE. Sacerdote e educador. (1898-1969).
CADEIRA Nº 12 (Arari)
Patrono – JOÃO BATISTA FERNANDES. Animador cultural.
(1890-1962).
CADEIRA Nº 13 (Arari)
Patrono – JOAQUIM DOMINGUES CHAVES. Poeta. (Século XX).
CADEIRA Nº 14 (Arari)
Patrono – JOSÉ GONÇALVES MARTINS. Músico e maestro.
(1909-1989).
CADEIRA Nº 15 (Vitória)
Patrono – JOSÉ PEREIRA DA GRAÇA ARANHA. Escritor e
magistrado. (1868-1931).
CADEIRA Nº 16 (Arari)
Patrono – JOSÉ RAIMUNDO SOARES. Escritor. (1916-1997). Um sonho da colheita de outono (memórias)
e Ressonância de ecos.
CADEIRA Nº 17 (Arari)
Patrono – JOSÉ SILVESTRE FERNANDES. Educador e geógrafo.
(1889-1971).
CADEIRA Nº 18 (Arari)
Patrono – MANOEL ABAS. Animador cultural. (1901-......).
CADEIRA Nº 19 (Vitória)
Patrono – MANOEL
BECKMAN. Tribuno. (1630-1685).
CADEIRA Nº 20 (Arari)
Patrono – MÁXIMO ANTONIO CHAVES. Poeta. (Século XX).
CADEIRA Nº 21 (Arari)
Patrono – RAIMUNDO SOUSA FERNANDES. Epistológrafo e orador.
(1931- 1975).
CADEIRA Nº 22 (Vitória)
Patrono – TRAJANO GALVÃO DE CARVALHO. Poeta. (1830-1864).
CADEIRA Nº 23 (Arari)
Patrono – ZULEIDE VIOLETA FERNANDES BOGEA. Educadora.
(1897-197..).
CADEIRA
Nº 24 (Vitória)
Patrono – ANTONIO MACHADO.
Missionário jesuíta. (Século XVIII).
CADEIRA Nº 25 (Vitória)
Patrono – ARTHUR MACÁRIO
LOPES GONÇALVES. Sacerdote, educador e tribuno. (1910-1995).
CADEIRA
Nº 26 (Vitória)
Patrono – ARTHUR NAPOLEÃO
COELHO DE SOUSA. Educador e magistrado. (18......-1922).
CADEIRA
Nº 27 (Vitória)
Patrono – CLÉBER RIBEIRO FERNANDES. Dramaturgo. (Século
XX).
CADEIRA Nº 28 (Arari)
Patrono – FRANCISCA DA GRAÇA BASTOS BOGEA (Chiquita
Bogea). Educadora. (Século XX)
CADEIRA Nº 29 (Arari)
Patrono – INÁCIO MENDES DE MORAIS E SILVA. Sacerdote e
político liberal. (Século XIX).
CADEIRA
Nº 30 (Vitória)
Patrono – JESUS NORBERTO
GOMES. Farmacêutico e inventor. (…...-1963).
CADEIRA
Nº 31 (Vitória)
Patrono – JOSÉ DE RIBAMAR NÓBREGA DE GALIZA.
Romancista, contista e cronista. (1915-1987).
CADEIRA Nº 32 (Arari)
Patrono – JOSÉ JOAQUIM
SEGUINS DE OLIVEIRA (Barão de Itapari). Humanista. (Século XIX).
CADEIRA Nº 33 (Arari)
Patrono – JOSÉ LOURENÇO
BOGEA. Sacerdote e político. (1807-1869).
CADEIRA
Nº 34 (Vitória)
Patrono – JOSÉ MIGUEL PEREIRA CARDOSO. Médico e
político. (1797-1865).
CADEIRA Nº 35 (Arari)
Patrono – LEOCÁDIO ZEFERINO BOGEA. Político e
intelectual. (1852-1926).
CADEIRA Nº 36 (Arari)
CADEIRA
Nº 37 (Vitória)
Patrono – LOURENÇO PEREIRA PINTO. Músico.
(1901-1987).
CADEIRA Nº 38 (Arari)
Patrono – JOSÉ ANTONIO
FERNANDES. Líder da emancipação de Arari. (Século XIX).
CADEIRA Nº39 (Arari)
Patrono – THIAGO JOSÉ FERNANDES. Tribuno e jornalista.
(1889-1942).
CADEIRA Nº 40 (Vitória)
Patrono – VINÍCIUS CÉSAR SILVA DE
BERREDO. Poeta e tradutor. (1904-1969). O
inferno, da Divina Comédia, de
Dante Alighieri.
* * * * * * * * * *
PERFIL BIOGRÁFICO DOS PATRONOS DA AVL
CADEIRA Nº 1 (Vitória do
Mearim)
Patrono – ANA LEONOR BOGEA GONÇALVES. Educadora. Foi a 1ª
professora normalista de Vitória do Mearim. Nascida em Arari, a 20/03/1877,
viveu desde cedo em Vitória, com a família. Bisneta de Lourenço da Cruz Bogea,
considerado fundador de Arari, e do padre liberal Inácio Mendes de Moraes e
Silva. Irmã de Zuleide Violeta Fernandes Bogea, avó de César do Egito Lopes
Gonçalves e prima de Francisca da Graça Bastos Bogea, patronos da AVL.
Professora com louvor pela Escola Normal do Estado do Maranhão em 1892. Casada
com Severo Lopes Gonçalves, Anicota Bogea,
como era chamada, assumiu, em 1897, o cargo de professora pública para o ensino
primário do sexo feminino, e em 1914 passou a lecionar na escola mista, cargo
no qual se aposentou, sem deixar de servir à comunidade na prática da
homeopatia. Faleceu a 16/04/1967, em S. Luís.
CADEIRA Nº 2 (Vitória)
Patrono – ANDRÉ LOBATO MARTINS. Tribuno. Nascido em S.
Bento-Ma, a 16/11/1900. Rábula durante décadas em Vitória do Mearim, onde chegou
em meados dos anos 1930, proveniente de Anajatuba, onde fora tabelião. Lobato,
senhor da maior biblioteca local, destacou-se pelo emprego do verbo candente e
bem proporcionado, não raro vergastador dos costumes políticos da época. Pai do
hoje também saudoso Cristóvão Dutra Martins, prefeito municipal de profícua
gestão em Vitória no triênio 1970-1973. Faleceu em Vitória, a 30/11/1977.
CADEIRA Nº 3 (Vitória)
Patrono – ANTONIO ADEMAR MACEDO. Produtor e diretor teatral
nos anos 1930 e 1940. Neto de Silvestre Antonio Pinto, 2º intendente da Vila do
Mearim, Deco Pinto, como era chamado,
nasceu em Vitória no ano de 1908. Foi por mais de 30 anos tabelião e escrivão
na Comarca de Vitória. No século XX, a mais remota lembrança do exercício das
artes cênicas em Vitória é a de Deco Pinto comandando apresentações de pastorinhas e similares. Faleceu em
1975, deixando, entre outros, o filho Aírton Marinho Macedo, artista plástico.
CADEIRA Nº 4 (Vitória)
Patrono – AUGUSTO CÉSAR DOS REIS RAYOL. Poeta. Vitoriense,
nascido no lugar Japão, filho de Alexandre José dos Reis Rayol, juiz ordinário
do Julgado do Mearim no final do século XVIII e no início do século XIX.
Secretário do governo da Província do Maranhão várias vezes, nos anos
1840-1860. Poeta respeitado em sua época, com trabalhos incluídos na coletânea Parnaso maranhense, publicada em 1861,
em que figuram os poetas então mais importantes da Província, inclusive
Gonçalves Dias. Pai do grande músico Antonio Rayol, autor da música do hino
maranhense.
CADEIRA Nº 5 (Vitória)
Patrono – AUGUSTO CÉSAR LOPES GONÇALVES. Jurista,
historiador e tribuno. Vitoriense, nascido em 03/08/1865, filho do chefe
político Theodoro Ferreira Lopes Gonçalves. Cunhado de Ana Bogea Gonçalves e
tio de Arthur Macário Lopes Gonçalves, patronos da AVL. Bacharel em Direito,
promotor público no Maranhão e secretário do governo do Estado. Em Manaus,
destacou-se como advogado e exerceu relevantes funções e cargos públicos.
Senador pelo Amazonas e por Sergipe. Professor na Faculdade de Direito do Amazonas
e membro fundador da Academia Amazonense de Letras. Poliglota. Erudito e
talentoso, é autor de importantes obras de cunho jurídico e historiográfico.
Doou o instrumental de uma orquestra que existiu por muitos anos em Vitória.
Faleceu no Rio de Janeiro, a 18/11/1938.
CADEIRA Nº 6 (Vitória)
Patrono – ÁUREO BARTOLOMEU FRANCO. Músico. Maestro.
Professor de Música. Vitoriense, nascido a 24/08/1901, Arico, como era chamado, regeu a orquestra municipal de Vitória do Mearim por longos anos e
formou, pelo menos, duas gerações de músicos, vários dos quais ainda se mantêm
em atividade, na formação de novos talentos, a exemplo de Vicente Braga Gonçalves, João Cantanhede e
Antonio Cardoso. Arico faleceu em Vitória, a 06/01/1976.
CADEIRA Nº 7 (Vitória)
Patrono – BARTOLOMEU DOS SANTOS. Poeta popular e cantador.
Vitoriense, nascido em Fazenda Nova, região de Lapela, viveu de 1910 a 1991.
Estreou como cantador de bumba-boi em 1924, na sua terra natal. Após conviver
com a família Barros da cidade de Vitória, rumou para S. Luís em 1926, como
embarcadiço. Aos poucos foi subindo na hierarquia das rodas de bumba-boi da
capital, até chegar à condição de amo em 1938. Coxinho, como era chamado, foi amo do Boi de Viana e, a partir de
1944, do Boi de Pindaré, onde ficaria até morrer. Considerado um dos maiores
cantadores do Maranhão. Gravou 2 discos de sucesso nos anos 70, com grande
vendagem. Apesar disso, teve uma vida de pobreza, doença e atribulações.
CADEIRA Nº 8 (Arari)
Patrono – BENEDITO ALVES CUTRIM. Sacerdote. Arariense
nascido em 1924, pertencente à família Cutrim do povoado Sítio. Técnico em
Educação, a serviço da Secretaria de Educação do Estado. Pároco por vários anos
da Igreja de Codó-Ma e da Igreja de Santo Antonio, em São Luís, onde prestou
bons serviços às respectivas comunidades. Pessoa culta, seus discursos
constituíam peças de brilhante concepção oratória. Faleceu em São Luís no ano
de 1991.
CADEIRA Nº 9 (Arari)
Patrono – CLODOMIR BRANDT E SILVA. Sacerdote. Educador.
Político. Jornalista. Historiador. Romancista. Nasceu em Colinas-Ma, no ano de
1917. Pesquisou sobre temas regionais e escreveu vários livros, enfocando
genealogia, história e costumes locais, como Escritos sem ordem; Famílias
Ararienses; Assuntos Ararienses (2 volumes); Os caminhos de Silvana;
Folha Miúda, minha dor; etc. Fundou a Associação da Doutrina Cristã,
mantenedora de vários projetos sociais que implantou com êxito no decurso de 54
anos de vivência em Arari, como a Escola de Artes Gráficas Belarmino de Matos,
que publicou jornais e livros, e a Voz de Arari, serviço de alto-falante.
Fundou os educandários Instituto Nossa Senhora das Graças e Instituto Bom Jesus
dos Aflitos, origem do Colégio Arariense e da Escola Normal de Arari. Faleceu
em São Luís, no dia 22 de abril de 1998.
CADEIRA Nº 10 (Arari)
Patrono – DAVID MACIEL SANTOS. Bacharel em Direito. Técnico
em Planejamento. Orador. Nasceu em Arari, a 14 de janeiro de 1943. Inteligência
privilegiada. Principal editorialista do jornal Vanguarda, onde discorria, com linguagem escorreita, sobre assuntos
político-sociais. Faleceu em São Luís, a 12 de agosto de 1996.
CADEIRA Nº 11 (Vitória)
Patrono – ELIUD
NUNES AROUCHE. Sacerdote e educador. Político. Nasceu em São Vicente de
Férrer, a 13/01/1898. Ordenado sacerdote
em 1921. Coadjutor do vigário da Paróquia de Rosário até 1922. Pároco de
Vitória, de janeiro de 1923, ano em que fundou o Instituto Nossa Senhora de
Nazaré, colégio mais importante da história do Município, até agosto de 1969.
Foi chefe político, lutando contra os métodos atrasados vigentes, fazendo
competente uso do verbo, em suas formas oral e escrita. Vencendo somente no
início dos anos 60, faleceu em Vitória, a 16/11/1969, e foi sepultado ao lado
do altar-mor da igreja matriz.
CADEIRA Nº 12 (Arari)
Patrono – JOÃO BATISTA FERNANDES. Animador cultural. Nasceu
em Arari no ano de 1890. Pessoa simples, sem instrução convencional, porém
inteligente e sensível. João Canoa,
como era chamado, foi organizador e paciente ensaiador de folguedos populares,
mormente quadrilhas, nas festas de São João, regidas em francês. Símbolo do
cidadão trabalhador, probo e útil à comunidade. Faleceu em Arari no ano de
1962.
CADEIRA Nº 13 (Arari)
Patrono – JOAQUIM DOMINGUES CHAVES. Poeta. Nasceu em Arari. Juaca, como era chamado, foi advogado
provisionado e político de âmbito local. Primeiro secretário da Fazenda Pública
do Município de Arari. Autodidata de atuação dinâmica.
CADEIRA Nº 14 (Arari)
Patrono – JOSÉ GONÇALVES MARTINS. Maestro. Professor de
música. Exímio compositor. Nascido em Arari a 15 de novembro de 1909.
Proprietário do Jazz Santana,
orquestra composta quase exclusivamente pelos seus filhos, dominava os
principais instrumentos. Parte de sua obra foi catalogada pelo Pe.João Mohana
no levantamento que fez sobre a grande música do Maranhão. Faleceu a 13 de
fevereiro de 1989, em Arari. O filho Carlos seguiu-lhe os passos no ensino
musical.
CADEIRA Nº 15 (Vitória)
Patrono – JOSÉ PEREIRA DA GRAÇA ARANHA. Magistrado.
Escritor. Nasceu em S. Luís-Ma, a 21/06/1868, filho de Temístocles Maciel Aranha,
de família do Baixo Mearim residente no lugar Aranha, do município de Arari. Bacharel em Direito. Promotor
público de Guimarães e Rosário. Juiz Municipal da Vila do Mearim em 1888. Juiz
de Campos, no Rio de Janeiro, em 89, e de Cachoeiro de Santa Leopoldina, no
Espírito Santo, em 90. Procurador Seccional da República, de 94 a 96. Membro
fundador da Academia Brasileira de Letras, em 97. Em 1902, publicou o romance Canaã,
sua obra prima. Em 1904, tornou-se diplomata. Exerceu importantes cargos e missões
em seguida. Aposentou-se em 1914, como ministro plenipotenciário, enviado junto
à Corte de Haia, na Holanda. Promotor da Semana de Arte de Moderna de 1922, em
S. Paulo. Faleceu a 27/02/1931, no Rio de Janeiro.
CADEIRA Nº 16 (Arari)
Patrono – JOSÉ RAIMUNDO SOARES. Escritor. Nasceu no povoado
Santa Joana do Japão, em Vitória do Mearim, a 16 de janeiro de 1916,
descendendo, pelo lado materno, da tradicional família Maciel da região.
Mudou-se bem criança para Arari. Alfaiate, músico e, já sexagenário, licenciado
em História pela UFMA, quando também se tornou escritor. Deixou produções
inéditas. Publicou dois livros: Um sonho
da colheita de outono (memórias) e Ressonância
de ecos. Faleceu em S. Luís, a 27 de março de 1997, em plena fase de
produção intelectual.
CADEIRA Nº 17 (Arari)
Patrono – JOSÉ SILVESTRE FERNANDES. Educador. Geógrafo.
Pesquisador. Jornalista. Escritor. N. em Rabela, Arari, a 1º/08/1889, neto
paterno de José Antonio Fernandes, patrono da AVL, bisneto paterno de Nicolau
Antonio Rodrigues Chaves, dos primeiros moradores de Arari, e bisneto materno
de Benedita de Moraes e Silva, irmã do Pe. Inácio, patrono da AVL. Primo de
Thiago Fernandes, também patrono da AVL. Professor normalista, exerceu suas
funções em S. Luís (Liceu Maranhense e Colégio Laura Rosa, principalmente), em
Cururupu e no Rio de Janeiro (Colégio Pedro II). Autor de livros de educação
básica usados nas escolas públicas e particulares do MA. Servidor público
estadual e federal. Membro da Academia Maranhense de Letras e do Instituto
Histórico e Geográfico do MA. Publicou importantes trabalhos de Geografia
Social. Faleceu no Rio de Janeiro, em 21/07/1971.
CADEIRA Nº 18 (Arari)
Patrono – MANOEL ABAS. Animador cultural. Nascido na Síria
no ano de 1901. Introdutor em Arari do primeiro veículo motorizado. Pioneiro de
vários empreendimentos. Hoteleiro e pequeno comerciante. Organizador de
atividades esportivas, como futebol e box. Construiu, sob suas expensas, o
Casino Arariense, onde encenava peças teatrais e realizava bailes, vesperais e
outros eventos. Foi, durante décadas, o grande animador cultural da terra que
adotou como sua.
CADEIRA Nº 19 (Vitória)
Patrono – MANOEL
BECKMAN. Tribuno. Protomártir da independência do Brasil. Nascido em
Lisboa, em 1630, descendia de judeus. Veio para o Maranhão em 1662. Senhor do
Engenho Vera Cruz, ou Santa Cruz, no Mearim. Carismático e excelente orador,
defendeu os interesses dos colonos do Maranhão e condenou os desmandos dos
governantes. Vereador do Senado da Câmara duas vezes. Preso duas vezes por
motivos políticos. Líder do Levante de 1684, planejado no seu engenho e
deflagrado em S. Luís. Traído pelo afilhado Lázaro de Melo, foi preso, pela 3ª
vez, às margens do Mearim. Condenado à morte, foi enforcado na Capital, a 10 de
novembro de 1685. Antes, disse, eloqüentemente, que pelo povo do Maranhão
morria contente.
CADEIRA Nº 20 (Arari)
Patrono – MÁXIMO ANTONIO CHAVES. Poeta. Nascido em Arari.
Poeta popular, no estilo de cordel. Escrevia os seus versos, geralmente
jocosos, satirizando acontecimentos com seus personagens do dia-a-dia e os lia
nas residências das pessoas amigas, para o seu deleite e deleite de seu
selecionado público.
CADEIRA Nº 21 (Arari)
Patrono – RAIMUNDO SOUSA FERNANDES. Epistológrafo. Orador.
Nasceu em Arari, a 4 de outubro de 1931. Caiçara,
como era conhecido, foi advogado provisionado e prefeito municipal de Arari,
além de exercer o cargo de promotor adjunto. Autodidata, foi literato e orador
de escol. Escreveu contos e crônicas e, sobretudo, belíssimas cartas. Faleceu
em São Luís, a 18 de julho de 1975.
CADEIRA Nº 22 (Vitória)
Patrono – TRAJANO GALVÃO DE CARVALHO. Poeta. Nascido a
19/01/1830 nas cercanias do Arraial da Vitória, Freguesia de Nossa Senhora de
Nazaré do Mearim. Estudou Direito em S. Paulo e Olinda, formando-se em 1854.
Radicado no Alto Mearim, estudou os clássicos portugueses, franceses, italianos
e latinos. Ali, criou gado e praticou medicina homeopática, sem distinguir os
beneficiários. Introduziu o elogio dos escravos negros na poesia brasileira,
denunciando também a condição servil. Poeta satírico e defensor da natureza.
Tradutor de poetas europeus, com mérito reconhecido por Gonçalves Dias. Faleceu
às margens do Mearim, em 14/07/1864. Patrono da cadeira nº 20 da Academia
Maranhense de Letras.
CADEIRA Nº 23 (Arari)
Patrono – ZULEIDE VIOLETA FERNANDES BOGEA. Educadora.
Política. Nasceu em Arari, a 13 de outubro de 1897. Bisneta de Lourenço da Cruz
Bogea, considerado fundador de Arari, e do padre liberal Inácio Mendes de
Moraes e Silva, patronos da AVL. Irmã de Ana Bogea Gonçalves e prima de
Francisca da Graça Bastos Bogea, também patronas da AVL. Primeira mulher
maranhense que exerceu o mandato de deputado (Assembléia Legislativa do
Estado). Fundou e dirigiu com proficiência o Instituto Educacional São Luiz
Gonzaga, em São Luís-Ma, muito conceituado pela boa qualidade do ensino ali
ministrado. Não deixou descendência biológica, mas formou gerações, das quais
ainda atuam muitos representantes, na vida pública e privada. Faleceu em São
Luís no final dos anos 1970.
* * * * * * * * * *
PERFIL BIOGRÁFICO DOS PATRONOS DA AVL
CADEIRA Nº 1 (Vitória do
Mearim)
Patrono – ANA LEONOR BOGEA GONÇALVES. Educadora. Foi a 1ª
professora normalista de Vitória do Mearim. Nascida em Arari, a 20/03/1877,
viveu desde cedo em Vitória, com a família. Bisneta de Lourenço da Cruz Bogea,
considerado fundador de Arari, e do padre liberal Inácio Mendes de Moraes e
Silva. Irmã de Zuleide Violeta Fernandes Bogea, avó de César do Egito Lopes
Gonçalves e prima de Francisca da Graça Bastos Bogea, patronos da AVL.
Professora com louvor pela Escola Normal do Estado do Maranhão em 1892. Casada
com Severo Lopes Gonçalves, Anicota Bogea,
como era chamada, assumiu, em 1897, o cargo de professora pública para o ensino
primário do sexo feminino, e em 1914 passou a lecionar na escola mista, cargo
no qual se aposentou, sem deixar de servir à comunidade na prática da
homeopatia. Faleceu a 16/04/1967, em S. Luís.
CADEIRA Nº 2 (Vitória)
Patrono – ANDRÉ LOBATO MARTINS. Tribuno. Nascido em S.
Bento-Ma, a 16/11/1900. Rábula durante décadas em Vitória do Mearim, onde chegou
em meados dos anos 1930, proveniente de Anajatuba, onde fora tabelião. Lobato,
senhor da maior biblioteca local, destacou-se pelo emprego do verbo candente e
bem proporcionado, não raro vergastador dos costumes políticos da época. Pai do
hoje também saudoso Cristóvão Dutra Martins, prefeito municipal de profícua
gestão em Vitória no triênio 1970-1973. Faleceu em Vitória, a 30/11/1977.
CADEIRA Nº 3 (Vitória)
Patrono – ANTONIO ADEMAR MACEDO. Produtor e diretor teatral
nos anos 1930 e 1940. Neto de Silvestre Antonio Pinto, 2º intendente da Vila do
Mearim, Deco Pinto, como era chamado,
nasceu em Vitória no ano de 1908. Foi por mais de 30 anos tabelião e escrivão
na Comarca de Vitória. No século XX, a mais remota lembrança do exercício das
artes cênicas em Vitória é a de Deco Pinto comandando apresentações de pastorinhas e similares. Faleceu em
1975, deixando, entre outros, o filho Aírton Marinho Macedo, artista plástico.
CADEIRA Nº 4 (Vitória)
Patrono – AUGUSTO CÉSAR DOS REIS RAYOL. Poeta. Vitoriense,
nascido no lugar Japão, filho de Alexandre José dos Reis Rayol, juiz ordinário
do Julgado do Mearim no final do século XVIII e no início do século XIX.
Secretário do governo da Província do Maranhão várias vezes, nos anos
1840-1860. Poeta respeitado em sua época, com trabalhos incluídos na coletânea Parnaso maranhense, publicada em 1861,
em que figuram os poetas então mais importantes da Província, inclusive
Gonçalves Dias. Pai do grande músico Antonio Rayol, autor da música do hino
maranhense.
CADEIRA Nº 5 (Vitória)
Patrono – AUGUSTO CÉSAR LOPES GONÇALVES. Jurista,
historiador e tribuno. Vitoriense, nascido em 03/08/1865, filho do chefe
político Theodoro Ferreira Lopes Gonçalves. Cunhado de Ana Bogea Gonçalves e
tio de Arthur Macário Lopes Gonçalves, patronos da AVL. Bacharel em Direito,
promotor público no Maranhão e secretário do governo do Estado. Em Manaus,
destacou-se como advogado e exerceu relevantes funções e cargos públicos.
Senador pelo Amazonas e por Sergipe. Professor na Faculdade de Direito do Amazonas
e membro fundador da Academia Amazonense de Letras. Poliglota. Erudito e
talentoso, é autor de importantes obras de cunho jurídico e historiográfico.
Doou o instrumental de uma orquestra que existiu por muitos anos em Vitória.
Faleceu no Rio de Janeiro, a 18/11/1938.
CADEIRA Nº 6 (Vitória)
Patrono – ÁUREO BARTOLOMEU FRANCO. Músico. Maestro.
Professor de Música. Vitoriense, nascido a 24/08/1901, Arico, como era chamado, regeu a orquestra municipal de Vitória do Mearim por longos anos e
formou, pelo menos, duas gerações de músicos, vários dos quais ainda se mantêm
em atividade, na formação de novos talentos, a exemplo de Vicente Braga Gonçalves, João Cantanhede e
Antonio Cardoso. Arico faleceu em Vitória, a 06/01/1976.
CADEIRA Nº 7 (Vitória)
Patrono – BARTOLOMEU DOS SANTOS. Poeta popular e cantador.
Vitoriense, nascido em Fazenda Nova, região de Lapela, viveu de 1910 a 1991.
Estreou como cantador de bumba-boi em 1924, na sua terra natal. Após conviver
com a família Barros da cidade de Vitória, rumou para S. Luís em 1926, como
embarcadiço. Aos poucos foi subindo na hierarquia das rodas de bumba-boi da
capital, até chegar à condição de amo em 1938. Coxinho, como era chamado, foi amo do Boi de Viana e, a partir de
1944, do Boi de Pindaré, onde ficaria até morrer. Considerado um dos maiores
cantadores do Maranhão. Gravou 2 discos de sucesso nos anos 70, com grande
vendagem. Apesar disso, teve uma vida de pobreza, doença e atribulações.
CADEIRA Nº 8 (Arari)
Patrono – BENEDITO ALVES CUTRIM. Sacerdote. Arariense
nascido em 1924, pertencente à família Cutrim do povoado Sítio. Técnico em
Educação, a serviço da Secretaria de Educação do Estado. Pároco por vários anos
da Igreja de Codó-Ma e da Igreja de Santo Antonio, em São Luís, onde prestou
bons serviços às respectivas comunidades. Pessoa culta, seus discursos
constituíam peças de brilhante concepção oratória. Faleceu em São Luís no ano
de 1991.
CADEIRA Nº 9 (Arari)
Patrono – CLODOMIR BRANDT E SILVA. Sacerdote. Educador.
Político. Jornalista. Historiador. Romancista. Nasceu em Colinas-Ma, no ano de
1917. Pesquisou sobre temas regionais e escreveu vários livros, enfocando
genealogia, história e costumes locais, como Escritos sem ordem; Famílias
Ararienses; Assuntos Ararienses (2 volumes); Os caminhos de Silvana;
Folha Miúda, minha dor; etc. Fundou a Associação da Doutrina Cristã,
mantenedora de vários projetos sociais que implantou com êxito no decurso de 54
anos de vivência em Arari, como a Escola de Artes Gráficas Belarmino de Matos,
que publicou jornais e livros, e a Voz de Arari, serviço de alto-falante.
Fundou os educandários Instituto Nossa Senhora das Graças e Instituto Bom Jesus
dos Aflitos, origem do Colégio Arariense e da Escola Normal de Arari. Faleceu
em São Luís, no dia 22 de abril de 1998.
CADEIRA Nº 10 (Arari)
Patrono – DAVID MACIEL SANTOS. Bacharel em Direito. Técnico
em Planejamento. Orador. Nasceu em Arari, a 14 de janeiro de 1943. Inteligência
privilegiada. Principal editorialista do jornal Vanguarda, onde discorria, com linguagem escorreita, sobre assuntos
político-sociais. Faleceu em São Luís, a 12 de agosto de 1996.
CADEIRA Nº 11 (Vitória)
Patrono – ELIUD
NUNES AROUCHE. Sacerdote e educador. Político. Nasceu em São Vicente de
Férrer, a 13/01/1898. Ordenado sacerdote
em 1921. Coadjutor do vigário da Paróquia de Rosário até 1922. Pároco de
Vitória, de janeiro de 1923, ano em que fundou o Instituto Nossa Senhora de
Nazaré, colégio mais importante da história do Município, até agosto de 1969.
Foi chefe político, lutando contra os métodos atrasados vigentes, fazendo
competente uso do verbo, em suas formas oral e escrita. Vencendo somente no
início dos anos 60, faleceu em Vitória, a 16/11/1969, e foi sepultado ao lado
do altar-mor da igreja matriz.
CADEIRA Nº 12 (Arari)
Patrono – JOÃO BATISTA FERNANDES. Animador cultural. Nasceu
em Arari no ano de 1890. Pessoa simples, sem instrução convencional, porém
inteligente e sensível. João Canoa,
como era chamado, foi organizador e paciente ensaiador de folguedos populares,
mormente quadrilhas, nas festas de São João, regidas em francês. Símbolo do
cidadão trabalhador, probo e útil à comunidade. Faleceu em Arari no ano de
1962.
CADEIRA Nº 13 (Arari)
Patrono – JOAQUIM DOMINGUES CHAVES. Poeta. Nasceu em Arari. Juaca, como era chamado, foi advogado
provisionado e político de âmbito local. Primeiro secretário da Fazenda Pública
do Município de Arari. Autodidata de atuação dinâmica.
CADEIRA Nº 14 (Arari)
Patrono – JOSÉ GONÇALVES MARTINS. Maestro. Professor de
música. Exímio compositor. Nascido em Arari a 15 de novembro de 1909.
Proprietário do Jazz Santana,
orquestra composta quase exclusivamente pelos seus filhos, dominava os
principais instrumentos. Parte de sua obra foi catalogada pelo Pe.João Mohana
no levantamento que fez sobre a grande música do Maranhão. Faleceu a 13 de
fevereiro de 1989, em Arari. O filho Carlos seguiu-lhe os passos no ensino
musical.
CADEIRA Nº 15 (Vitória)
Patrono – JOSÉ PEREIRA DA GRAÇA ARANHA. Magistrado.
Escritor. Nasceu em S. Luís-Ma, a 21/06/1868, filho de Temístocles Maciel Aranha,
de família do Baixo Mearim residente no lugar Aranha, do município de Arari. Bacharel em Direito. Promotor
público de Guimarães e Rosário. Juiz Municipal da Vila do Mearim em 1888. Juiz
de Campos, no Rio de Janeiro, em 89, e de Cachoeiro de Santa Leopoldina, no
Espírito Santo, em 90. Procurador Seccional da República, de 94 a 96. Membro
fundador da Academia Brasileira de Letras, em 97. Em 1902, publicou o romance Canaã,
sua obra prima. Em 1904, tornou-se diplomata. Exerceu importantes cargos e missões
em seguida. Aposentou-se em 1914, como ministro plenipotenciário, enviado junto
à Corte de Haia, na Holanda. Promotor da Semana de Arte de Moderna de 1922, em
S. Paulo. Faleceu a 27/02/1931, no Rio de Janeiro.
CADEIRA Nº 16 (Arari)
Patrono – JOSÉ RAIMUNDO SOARES. Escritor. Nasceu no povoado
Santa Joana do Japão, em Vitória do Mearim, a 16 de janeiro de 1916,
descendendo, pelo lado materno, da tradicional família Maciel da região.
Mudou-se bem criança para Arari. Alfaiate, músico e, já sexagenário, licenciado
em História pela UFMA, quando também se tornou escritor. Deixou produções
inéditas. Publicou dois livros: Um sonho
da colheita de outono (memórias) e Ressonância
de ecos. Faleceu em S. Luís, a 27 de março de 1997, em plena fase de
produção intelectual.
CADEIRA Nº 17 (Arari)
Patrono – JOSÉ SILVESTRE FERNANDES. Educador. Geógrafo.
Pesquisador. Jornalista. Escritor. N. em Rabela, Arari, a 1º/08/1889, neto
paterno de José Antonio Fernandes, patrono da AVL, bisneto paterno de Nicolau
Antonio Rodrigues Chaves, dos primeiros moradores de Arari, e bisneto materno
de Benedita de Moraes e Silva, irmã do Pe. Inácio, patrono da AVL. Primo de
Thiago Fernandes, também patrono da AVL. Professor normalista, exerceu suas
funções em S. Luís (Liceu Maranhense e Colégio Laura Rosa, principalmente), em
Cururupu e no Rio de Janeiro (Colégio Pedro II). Autor de livros de educação
básica usados nas escolas públicas e particulares do MA. Servidor público
estadual e federal. Membro da Academia Maranhense de Letras e do Instituto
Histórico e Geográfico do MA. Publicou importantes trabalhos de Geografia
Social. Faleceu no Rio de Janeiro, em 21/07/1971.
CADEIRA Nº 18 (Arari)
Patrono – MANOEL ABAS. Animador cultural. Nascido na Síria
no ano de 1901. Introdutor em Arari do primeiro veículo motorizado. Pioneiro de
vários empreendimentos. Hoteleiro e pequeno comerciante. Organizador de
atividades esportivas, como futebol e box. Construiu, sob suas expensas, o
Casino Arariense, onde encenava peças teatrais e realizava bailes, vesperais e
outros eventos. Foi, durante décadas, o grande animador cultural da terra que
adotou como sua.
CADEIRA Nº 19 (Vitória)
Patrono – MANOEL
BECKMAN. Tribuno. Protomártir da independência do Brasil. Nascido em
Lisboa, em 1630, descendia de judeus. Veio para o Maranhão em 1662. Senhor do
Engenho Vera Cruz, ou Santa Cruz, no Mearim. Carismático e excelente orador,
defendeu os interesses dos colonos do Maranhão e condenou os desmandos dos
governantes. Vereador do Senado da Câmara duas vezes. Preso duas vezes por
motivos políticos. Líder do Levante de 1684, planejado no seu engenho e
deflagrado em S. Luís. Traído pelo afilhado Lázaro de Melo, foi preso, pela 3ª
vez, às margens do Mearim. Condenado à morte, foi enforcado na Capital, a 10 de
novembro de 1685. Antes, disse, eloqüentemente, que pelo povo do Maranhão
morria contente.
CADEIRA Nº 20 (Arari)
Patrono – MÁXIMO ANTONIO CHAVES. Poeta. Nascido em Arari.
Poeta popular, no estilo de cordel. Escrevia os seus versos, geralmente
jocosos, satirizando acontecimentos com seus personagens do dia-a-dia e os lia
nas residências das pessoas amigas, para o seu deleite e deleite de seu
selecionado público.
CADEIRA Nº 21 (Arari)
Patrono – RAIMUNDO SOUSA FERNANDES. Epistológrafo. Orador.
Nasceu em Arari, a 4 de outubro de 1931. Caiçara,
como era conhecido, foi advogado provisionado e prefeito municipal de Arari,
além de exercer o cargo de promotor adjunto. Autodidata, foi literato e orador
de escol. Escreveu contos e crônicas e, sobretudo, belíssimas cartas. Faleceu
em São Luís, a 18 de julho de 1975.
CADEIRA Nº 22 (Vitória)
Patrono – TRAJANO GALVÃO DE CARVALHO. Poeta. Nascido a
19/01/1830 nas cercanias do Arraial da Vitória, Freguesia de Nossa Senhora de
Nazaré do Mearim. Estudou Direito em S. Paulo e Olinda, formando-se em 1854.
Radicado no Alto Mearim, estudou os clássicos portugueses, franceses, italianos
e latinos. Ali, criou gado e praticou medicina homeopática, sem distinguir os
beneficiários. Introduziu o elogio dos escravos negros na poesia brasileira,
denunciando também a condição servil. Poeta satírico e defensor da natureza.
Tradutor de poetas europeus, com mérito reconhecido por Gonçalves Dias. Faleceu
às margens do Mearim, em 14/07/1864. Patrono da cadeira nº 20 da Academia
Maranhense de Letras.
CADEIRA Nº 23 (Arari)
Patrono – ZULEIDE VIOLETA FERNANDES BOGEA. Educadora.
Política. Nasceu em Arari, a 13 de outubro de 1897. Bisneta de Lourenço da Cruz
Bogea, considerado fundador de Arari, e do padre liberal Inácio Mendes de
Moraes e Silva, patronos da AVL. Irmã de Ana Bogea Gonçalves e prima de
Francisca da Graça Bastos Bogea, também patronas da AVL. Primeira mulher
maranhense que exerceu o mandato de deputado (Assembléia Legislativa do
Estado). Fundou e dirigiu com proficiência o Instituto Educacional São Luiz
Gonzaga, em São Luís-Ma, muito conceituado pela boa qualidade do ensino ali
ministrado. Não deixou descendência biológica, mas formou gerações, das quais
ainda atuam muitos representantes, na vida pública e privada. Faleceu em São
Luís no final dos anos 1970.
CADEIRA Nº 24 (Vitória)
Patrono – ANTONIO MACHADO.
Catequista jesuíta. Missionário português, o Pe. Antonio Machado atuou de 1751
a 1757 na catequese dos índios Gamela da ribeira do Mearim, atraindo os
silvícolas para o arraial que fundou, depois transformado em Lugar de Lapela. Autor do mais antigo
relato escrito conhecido, em estilo literário e com riqueza de detalhes, sobre
a realidade selvagem dos habitantes e das terras da ribeira do Mearim no século XVIII. Expulso do
Maranhão em 1760, como todos os jesuítas, faleceu em Lisboa pouco depois,
vítima das doenças contraídas em sua missão no Mearim.
CADEIRA Nº 25 (Vitória)
Patrono – ARTHUR MACÁRIO
LOPES GONÇALVES. Sacerdote, educador e tribuno. Vitoriense, nasceu em
29/07/1910. Sobrinho de Augusto César Lopes Gonçalves, patrono da AVL. Ordenado
sacerdote em 1934, bacharelou-se em Direito em 1958. Trabalhou em várias
paróquias e junto à cúpula da Igreja no Maranhão. Foi professor no Liceu
Maranhense, capelão do Hospital Geral e da Polícia Militar do Estado, membro e
presidente do Conselho Estadual de Educação. Fundou e dirigiu a primeira casa
de saúde de Vitória do Mearim, Hospital e
Maternidade Aliete Belo Martins, de 1966 a 1986. Fundou, em fins dos anos
60, a primeira escola a oferecer ginásio em Vitória e, depois, segundo grau, já
mantida pela Campanha Nacional de Escolas da Comunidade—CNEC, até hoje em pleno
funcionamento. Articulou a fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Vitória do Mearim, em 1970. Faleceu em São Luís, a 02/11/1995.
CADEIRA Nº 26 (Vitória)
Patrono – ARTHUR NAPOLEÃO COELHO DE SOUSA.
Magistrado e educador. Natural de Guimarães. Bacharel em Direito. Exerceu os
cargos de promotor público, em 1891, e juiz de direito, de 1895 a 1909, na
Comarca do Baixo Mearim, onde se casou com uma filha da terra, Raymunda
Fernandes Bogea, irmã das professoras Ana Leonor Bogea Gonçalves e Zuleide
Violeta Fernandes Bogea, patronas da AVL. Deixou sua marca na Vila do Mearim,
lecionando gratuitamente para várias crianças daquela época. Faleceu em 1922,
depois de exercer o cargo de prefeito municipal de Guimarães.
CADEIRA Nº 27 (Vitória)
Patrono – CÉSAR DO EGITO LOPES GONÇALVES.
Jornalista. Vitoriense, nascido em 04/12/1930, filho de Anchises Bogea Lopes
Gonçalves e neto de Ana Bogea Gonçalves, foi criado por esta patrona da AVL.
Tetraneto de Lourenço da Cruz Bogea, considerado fundador de Arari, e do padre
liberal Inácio Mendes de Moraes e Silva, patronos da AVL. Sobrinho-neto de
Zuleide Violeta Fernandes Bogea, outra patrona da AVL. Secretário-geral do
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social-INAMPS e
diretor-geral do Sistema Difusora, compreendendo a rede maranhense de jornal,
rádio e televisão mantida pela família Bacelar, com sede em São Luís. Seus
escritos ilustram páginas de vários jornais da capital, evidenciando o talento
de que era dotado para o jornalismo. Faleceu em São Luís, a 27/11/1994.
CADEIRA Nº 28 (Arari)
Patrono – FRANCISCA DA GRAÇA BASTOS BOGEA (Chiquita
Bogea). Educadora. Arariense, pertencente a tradicionais famílias locais.
Filha de Pedro Alexandre Cardoso Bogea e Joana Benedita Pimenta Bastos, neta de
Alexandre Mendes Bogea e bisneta de Lourenço da Cruz Bogea, considerado
fundador de Arari e patrono da AVL. Estudou em São Luís, onde, de um envolvimento
com o célebre escritor, jornalista e professor Nascimento Moraes (1882-1958),
gerou quatro filhos, entre eles o poeta, pesquisador e ambientalista Nascimento
Moraes Filho. Prima das professoras Ana Bogea Gonçalves e Zuleide Fernandes
Bogea, patronas da AVL. Professora de méritos em Arari, onde se casou, gerou um
filho e faleceu.
CADEIRA Nº 29 (Arari)
Patrono – INÁCIO MENDES DE MORAIS E SILVA. Sacerdote e
ativista político liberal da 1ª metade do Século XIX no Baixo Mearim. Oriundo
de Rosário do Itapecuru, exerceu seu ministério em Anajatuba, Arari e Vitória,
sem ser vigário da Paróquia. Rico fazendeiro aliado do Partido Bem-te-vi,
com propriedades em todo o Baixo Mearim, seu vaqueiro Raimundo Gomes Vieira
Jutahy foi quem deflagrou a guerra civil conhecida como Balaiada, quando, a seu
serviço, conduzia uma partida de gado para Parnaíba. Foi diretor parcial das
aldeias indígenas do Grajaú, de 1854 a 1859, quando já se achava idoso e
debilitado. Sua descendência é grande, nela se incluindo três patronos da AVL –
as professoras Ana e Zuleide Bogea (bisnetas) e o jornalista César do Egito
Lopes Gonçalves (tetraneto) – e o jurista e político Antenor Bogea (trineto).
CADEIRA Nº 30 (Vitória)
Patrono – JESUS NORBERTO
GOMES. Farmacêutico. Prático de Química. Inventor. Vitoriense, nascido no final
do século XIX, filho do chefe político Francisco Manoel Gomes. Adolescente,
empregou-se numa farmácia de S. Luís, que depois comprou, aos 20 anos de idade.
No seu laboratório, inventou a fórmula da Cola Guaraná Jesus, batizada de
“sonho cor-de-rosa”, e outros produtos, comercializados no Norte, Nordeste e
Centro-oeste. Preso e deportado do Maranhão para o Rio de Janeiro nos anos 30,
por questões políticas, foi absolvido pelo Tribunal de Segurança Nacional, para
seguir como consagrado industrial em São Luís. Morreu em 1963, deixando o
Guaraná Jesus consolidado como patrimônio cultural do Maranhão.
CADEIRA Nº 31 (Vitória)
Patrono – JOSÉ DE RIBAMAR NÓBREGA DE GALIZA.
Romancista, contista e cronista. Vitoriense, nascido em 03/12/1915. Residiu, na
infância e na adolescência, em Grajaú, Balsas, Bacabal e Pedreiras.
Telegrafista, por concurso público, em 1935, foi, ao mesmo tempo, professor de
Matemática em S. Luís. Funcionário do Banco do Brasil, por concurso público, em
1938, exerceu a gerência de várias agências do interior e da Capital do Estado.
Transferido para o Rio de Janeiro em 1966, ficou à disposição do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico-BNDE, exercendo cargo de direção na subsidiária
FINAME. Sua obra, além de vasto material publicado em periódicos do Rio, inclui
4 romances e 1 livro de contos, que receberam opinião favorável da crítica
especializada de todo o país. Faleceu no Rio de Janeiro, a 05/12/1987.
CADEIRA Nº 32 (Arari)
Patrono – JOSÉ JOAQUIM SEGUINS
DE OLIVEIRA (Barão de Itapari). Humanista. Filho do português Antonio
José de Oliveira e da brasileira Maria Isabel Seguins, que se casaram na Vila
do Mearim em 1822. Seu pai comprou junto à Fazenda Real as terras doadas pelo
Pe. José da Cunha d’Eça à Freguesia de Na. Sra. de Nazaré do Mearim, já
incorporadas ao domínio da Coroa, e depois as vendeu a João Inácio Garcia.
Bacharel em Direito. Fazendeiro no Mearim. Votante do Município de Arari. Por
ter alforriado todos os escravos de sua fazenda, recebeu o título de Barão de
Itapari no dia 12 de maio de 1888, conferido pela Princesa Isabel. Morreu em
provecta idade, na terceira década do Século XX. Seus descendentes incorporaram
o título de nobreza ao sobrenome, surgindo a família Itapari do Maranhão.
CADEIRA Nº 33 (Arari)
Patrono – JOSÉ LOURENÇO
BOGEA. Sacerdote e político. Nasceu na Freguesia de Na. Sra. de Nazaré do
Mearim, filho de Lourenço da Cruz Bogea, português considerado fundador de
Arari e patrono da AVL. Primeiro sacerdote nascido na Ribeira do Mearim,
ordenado em São Luís no ano de 1831. Capelão da Catedral da Sé. Pároco efetivo
da Vila do Mearim de 1835 a 1866, dirigindo a reconstrução da igreja matriz,
incendiada em 1827. Juiz de paz mais votado na primeira eleição (1834) para o
cargo em Arari (2º distrito do Município). Juiz Municipal e d’Órfãos em 1840.
Suplente de deputado provincial (1848/49). Delegado da Instrução Pública na
Vila durante a 1ª metade dos anos 1860. Liberal, deixou dois filhos ao morrer,
a 26 de dezembro de 1869. Na sua descendência inclui-se o acadêmico Agnor
Lincoln da Costa.
CADEIRA Nº 34 (Vitória)
Patrono – JOSÉ MIGUEL PEREIRA CARDOSO. Médico.
Político. Primeiro vitoriense a formar-se em curso superior. Nascido no fim do
século XVIII, na Freguesia de Nossa Senhora de Nazaré, estudou por conta do
Governo na Universidade de Coimbra, pela qual doutorou-se em Medicina. Foi juiz
de paz, eleitor e camarista de S. Luís. Membro do Conselho Geral da Província
em 1834 e deputado provincial no período de 1835 a 1859. Membro da mesa
diretora da Assembléia Legislativa Provincial diversas vezes, exercendo a
presidência em 1848. Presidente da Comissão de Higiene Pública e Inspetor de
Saúde Pública. Comissário Vacinador Provincial, grande propagador da vacina.
Faleceu em São Luís, a 27/07/1865.
CADEIRA Nº 35 (Arari)
Patrono – LEOCÁDIO ZEFERINO BOGEA. Político e
intelectual. Nasceu em 26/08/1852, filho de Leocádio Antonio Bogea e Margarida
Amália de Moraes e Silva. Neto de Lourenço da Cruz Bogea, considerado fundador
de Arari, sobrinho do padre José Lourenço Bogea e sobrinho-neto do
controvertido padre Inácio Mendes de Moraes e Silva, patronos da AVL. Foi
seminarista, quando adquiriu boa cultura humanística, possibilitando-lhe
exercer importantes cargos. Membro do Conselho de Intendência da Vila do Mearim
(1890 e 1892). Deputado estadual representando o Baixo Mearim (1895/97). Fiscal
do consumo. Diretor da Secretaria Geral da Instrução Pública do Estado do
Maranhão (1898). Viveu a maior parte de sua vida em Vitória do Baixo Mearim. Casado
com Leocádia do Espírito Santo Teixeira, morreu a 03/01/1926, em Arari, sem
deixar descendência.
CADEIRA Nº 36 (Arari)
CADEIRA Nº 37 (Vitória)
Patrono – LOURENÇO PEREIRA PINTO. Músico.
Compositor de marchas e dobrados. Vitoriense, nascido a 10/08/1901 no povoado
Santa Cruz. Aos 14 anos, aprendeu o ofício de músico, tocando na bandinha da
Vila. Rapaz, ingressou na carreira militar como músico de 3ª classe, em S.
Luís, logo chegando à 1ª classe. Prefeito municipal de Vitória, de janeiro de
1951 a junho de 53, em gestão das mais operosas e pioneira em vários aspectos.
Revitalizou a orquestra municipal. Faleceu na sua terra, pobre, em 06/05/1987.
Composições suas constam na coleção A
grande música do Maranhão, organizada pelo Pe. João Mohana.
CADEIRA Nº 38 (Arari)
Patrono – JOSÉ ANTONIO
FERNANDES. Idealista. Lutou pela autonomia de Arari. Nasceu no início do Século
XIX, filho de Antonio José Fernandes e neto de português de Lisboa, homônimo,
radicado no povoado. Casado em 1830 com Maria das Neves Rodrigues Chaves, era
avô de Thiago José Fernandes e José Silvestre
Fernandes, patronos da AVL. Rico senhor de engenho e proprietário rural. Juiz
de Paz em 1836, encabeçou abaixo-assinado dirigido ao Bispo do Maranhão,
pedindo a elevação da capela do lugar à condição de curato. Capitão da Guarda
Nacional, hospedou, em 1858, o Bispo do Maranhão, em viagem pastoral, quando
lhe pediu a criação da Paróquia de Na. Sra. da Graça do Arari, no que foi
atendido ainda no mesmo ano. Fez gestões para a emancipação política de Arari,
o que ocorreu em 1864, quando foi eleito vereador com a maior votação,
assumindo a presidência da Câmara Municipal na sua primeira legislatura, o que
lhe garantiu a condição de primeiro administrador do Município. Na época, era
tenente-coronel da Guarda Nacional.
CADEIRA Nº39 (Arari)
Patrono – THIAGO JOSÉ FERNANDES. Orador. Literato. Nasceu
em Arari, em 1889, filho de Pedro Leandro Fernandes e Benedita Raimunda Chaves
Fernandes. Seu pai era neto paterno de português do Arcebispado de Braga,
homônimo, e bisneto materno de Nicolau Antonio Rodrigues Chaves, também
português, ambos incluídos entre os primeiros moradores de Arari. Sua mãe era
neta materna do mesmo Nicolau e filha de José Antonio Fernandes, patrono da
AVL. Primo de José Silvestre Fernandes, também patrono da AVL, com quem, em
1904, fundou o jornal A Luz. Estudou em S. Luís. Detentor da
maior cultura da época em Arari, foi promotor público adjunto, juiz suplente e
era o escolhido para escrever e ler os discursos nas solenidades locais. Major
da Guarda Nacional. O conto Ascensão de um tartufo, de sua autoria, foi
mencionado por Clóvis Moraes em sua obra Terra Timbira. Faleceu em 1942, em Arari, deixando viúva e
três filhos, que não lhe deram netos.
CADEIRA Nº 40 (Vitória)
Patrono – VINÍCIUS
CÉSAR SILVA DE BERREDO. Poeta e tradutor. Vitoriense, nascido a 06/07/1904,
descendia de Bernardo Pereira de Berredo, governador do Maranhão no início do
século XVIII. Engenheiro, exerceu chefias no Departamento Nacional de Obras
Contra a Seca. Erudito, lia os autores clássicos e modernos no idioma original.
Conhecedor profundo de português, latim e grego. Dominava o francês, o inglês,
o alemão, o espanhol e o italiano. Faleceu em 16/05/1969, deixando farta
produção poética e esmeradas traduções de obras primas, inclusive os cantos
completos de O inferno, da Divina Comédia, de Dante Alighieri, obra
publicada em 1976, sob excelente juízo da crítica, considerando renovada a
tradição inventiva fundada pelo grande maranhense Odorico Mendes quando
transpôs Homero e Virgílio para o português, no século XIX.
(Textos: Washington Cantanhêde)
Patrono – ANTONIO MACHADO.
Catequista jesuíta. Missionário português, o Pe. Antonio Machado atuou de 1751
a 1757 na catequese dos índios Gamela da ribeira do Mearim, atraindo os
silvícolas para o arraial que fundou, depois transformado em Lugar de Lapela. Autor do mais antigo
relato escrito conhecido, em estilo literário e com riqueza de detalhes, sobre
a realidade selvagem dos habitantes e das terras da ribeira do Mearim no século XVIII. Expulso do
Maranhão em 1760, como todos os jesuítas, faleceu em Lisboa pouco depois,
vítima das doenças contraídas em sua missão no Mearim.
CADEIRA Nº 25 (Vitória)
Patrono – ARTHUR MACÁRIO
LOPES GONÇALVES. Sacerdote, educador e tribuno. Vitoriense, nasceu em
29/07/1910. Sobrinho de Augusto César Lopes Gonçalves, patrono da AVL. Ordenado
sacerdote em 1934, bacharelou-se em Direito em 1958. Trabalhou em várias
paróquias e junto à cúpula da Igreja no Maranhão. Foi professor no Liceu
Maranhense, capelão do Hospital Geral e da Polícia Militar do Estado, membro e
presidente do Conselho Estadual de Educação. Fundou e dirigiu a primeira casa
de saúde de Vitória do Mearim, Hospital e
Maternidade Aliete Belo Martins, de 1966 a 1986. Fundou, em fins dos anos
60, a primeira escola a oferecer ginásio em Vitória e, depois, segundo grau, já
mantida pela Campanha Nacional de Escolas da Comunidade—CNEC, até hoje em pleno
funcionamento. Articulou a fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Vitória do Mearim, em 1970. Faleceu em São Luís, a 02/11/1995.
CADEIRA Nº 26 (Vitória)
Patrono – ARTHUR NAPOLEÃO COELHO DE SOUSA.
Magistrado e educador. Natural de Guimarães. Bacharel em Direito. Exerceu os
cargos de promotor público, em 1891, e juiz de direito, de 1895 a 1909, na
Comarca do Baixo Mearim, onde se casou com uma filha da terra, Raymunda
Fernandes Bogea, irmã das professoras Ana Leonor Bogea Gonçalves e Zuleide
Violeta Fernandes Bogea, patronas da AVL. Deixou sua marca na Vila do Mearim,
lecionando gratuitamente para várias crianças daquela época. Faleceu em 1922,
depois de exercer o cargo de prefeito municipal de Guimarães.
CADEIRA Nº 27 (Vitória)
Patrono – CÉSAR DO EGITO LOPES GONÇALVES.
Jornalista. Vitoriense, nascido em 04/12/1930, filho de Anchises Bogea Lopes
Gonçalves e neto de Ana Bogea Gonçalves, foi criado por esta patrona da AVL.
Tetraneto de Lourenço da Cruz Bogea, considerado fundador de Arari, e do padre
liberal Inácio Mendes de Moraes e Silva, patronos da AVL. Sobrinho-neto de
Zuleide Violeta Fernandes Bogea, outra patrona da AVL. Secretário-geral do
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social-INAMPS e
diretor-geral do Sistema Difusora, compreendendo a rede maranhense de jornal,
rádio e televisão mantida pela família Bacelar, com sede em São Luís. Seus
escritos ilustram páginas de vários jornais da capital, evidenciando o talento
de que era dotado para o jornalismo. Faleceu em São Luís, a 27/11/1994.
CADEIRA Nº 28 (Arari)
Patrono – FRANCISCA DA GRAÇA BASTOS BOGEA (Chiquita
Bogea). Educadora. Arariense, pertencente a tradicionais famílias locais.
Filha de Pedro Alexandre Cardoso Bogea e Joana Benedita Pimenta Bastos, neta de
Alexandre Mendes Bogea e bisneta de Lourenço da Cruz Bogea, considerado
fundador de Arari e patrono da AVL. Estudou em São Luís, onde, de um envolvimento
com o célebre escritor, jornalista e professor Nascimento Moraes (1882-1958),
gerou quatro filhos, entre eles o poeta, pesquisador e ambientalista Nascimento
Moraes Filho. Prima das professoras Ana Bogea Gonçalves e Zuleide Fernandes
Bogea, patronas da AVL. Professora de méritos em Arari, onde se casou, gerou um
filho e faleceu.
CADEIRA Nº 29 (Arari)
Patrono – INÁCIO MENDES DE MORAIS E SILVA. Sacerdote e
ativista político liberal da 1ª metade do Século XIX no Baixo Mearim. Oriundo
de Rosário do Itapecuru, exerceu seu ministério em Anajatuba, Arari e Vitória,
sem ser vigário da Paróquia. Rico fazendeiro aliado do Partido Bem-te-vi,
com propriedades em todo o Baixo Mearim, seu vaqueiro Raimundo Gomes Vieira
Jutahy foi quem deflagrou a guerra civil conhecida como Balaiada, quando, a seu
serviço, conduzia uma partida de gado para Parnaíba. Foi diretor parcial das
aldeias indígenas do Grajaú, de 1854 a 1859, quando já se achava idoso e
debilitado. Sua descendência é grande, nela se incluindo três patronos da AVL –
as professoras Ana e Zuleide Bogea (bisnetas) e o jornalista César do Egito
Lopes Gonçalves (tetraneto) – e o jurista e político Antenor Bogea (trineto).
CADEIRA Nº 30 (Vitória)
Patrono – JESUS NORBERTO
GOMES. Farmacêutico. Prático de Química. Inventor. Vitoriense, nascido no final
do século XIX, filho do chefe político Francisco Manoel Gomes. Adolescente,
empregou-se numa farmácia de S. Luís, que depois comprou, aos 20 anos de idade.
No seu laboratório, inventou a fórmula da Cola Guaraná Jesus, batizada de
“sonho cor-de-rosa”, e outros produtos, comercializados no Norte, Nordeste e
Centro-oeste. Preso e deportado do Maranhão para o Rio de Janeiro nos anos 30,
por questões políticas, foi absolvido pelo Tribunal de Segurança Nacional, para
seguir como consagrado industrial em São Luís. Morreu em 1963, deixando o
Guaraná Jesus consolidado como patrimônio cultural do Maranhão.
CADEIRA Nº 31 (Vitória)
Patrono – JOSÉ DE RIBAMAR NÓBREGA DE GALIZA.
Romancista, contista e cronista. Vitoriense, nascido em 03/12/1915. Residiu, na
infância e na adolescência, em Grajaú, Balsas, Bacabal e Pedreiras.
Telegrafista, por concurso público, em 1935, foi, ao mesmo tempo, professor de
Matemática em S. Luís. Funcionário do Banco do Brasil, por concurso público, em
1938, exerceu a gerência de várias agências do interior e da Capital do Estado.
Transferido para o Rio de Janeiro em 1966, ficou à disposição do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico-BNDE, exercendo cargo de direção na subsidiária
FINAME. Sua obra, além de vasto material publicado em periódicos do Rio, inclui
4 romances e 1 livro de contos, que receberam opinião favorável da crítica
especializada de todo o país. Faleceu no Rio de Janeiro, a 05/12/1987.
CADEIRA Nº 32 (Arari)
Patrono – JOSÉ JOAQUIM SEGUINS
DE OLIVEIRA (Barão de Itapari). Humanista. Filho do português Antonio
José de Oliveira e da brasileira Maria Isabel Seguins, que se casaram na Vila
do Mearim em 1822. Seu pai comprou junto à Fazenda Real as terras doadas pelo
Pe. José da Cunha d’Eça à Freguesia de Na. Sra. de Nazaré do Mearim, já
incorporadas ao domínio da Coroa, e depois as vendeu a João Inácio Garcia.
Bacharel em Direito. Fazendeiro no Mearim. Votante do Município de Arari. Por
ter alforriado todos os escravos de sua fazenda, recebeu o título de Barão de
Itapari no dia 12 de maio de 1888, conferido pela Princesa Isabel. Morreu em
provecta idade, na terceira década do Século XX. Seus descendentes incorporaram
o título de nobreza ao sobrenome, surgindo a família Itapari do Maranhão.
CADEIRA Nº 33 (Arari)
Patrono – JOSÉ LOURENÇO
BOGEA. Sacerdote e político. Nasceu na Freguesia de Na. Sra. de Nazaré do
Mearim, filho de Lourenço da Cruz Bogea, português considerado fundador de
Arari e patrono da AVL. Primeiro sacerdote nascido na Ribeira do Mearim,
ordenado em São Luís no ano de 1831. Capelão da Catedral da Sé. Pároco efetivo
da Vila do Mearim de 1835 a 1866, dirigindo a reconstrução da igreja matriz,
incendiada em 1827. Juiz de paz mais votado na primeira eleição (1834) para o
cargo em Arari (2º distrito do Município). Juiz Municipal e d’Órfãos em 1840.
Suplente de deputado provincial (1848/49). Delegado da Instrução Pública na
Vila durante a 1ª metade dos anos 1860. Liberal, deixou dois filhos ao morrer,
a 26 de dezembro de 1869. Na sua descendência inclui-se o acadêmico Agnor
Lincoln da Costa.
CADEIRA Nº 34 (Vitória)
Patrono – JOSÉ MIGUEL PEREIRA CARDOSO. Médico.
Político. Primeiro vitoriense a formar-se em curso superior. Nascido no fim do
século XVIII, na Freguesia de Nossa Senhora de Nazaré, estudou por conta do
Governo na Universidade de Coimbra, pela qual doutorou-se em Medicina. Foi juiz
de paz, eleitor e camarista de S. Luís. Membro do Conselho Geral da Província
em 1834 e deputado provincial no período de 1835 a 1859. Membro da mesa
diretora da Assembléia Legislativa Provincial diversas vezes, exercendo a
presidência em 1848. Presidente da Comissão de Higiene Pública e Inspetor de
Saúde Pública. Comissário Vacinador Provincial, grande propagador da vacina.
Faleceu em São Luís, a 27/07/1865.
CADEIRA Nº 35 (Arari)
Patrono – LEOCÁDIO ZEFERINO BOGEA. Político e
intelectual. Nasceu em 26/08/1852, filho de Leocádio Antonio Bogea e Margarida
Amália de Moraes e Silva. Neto de Lourenço da Cruz Bogea, considerado fundador
de Arari, sobrinho do padre José Lourenço Bogea e sobrinho-neto do
controvertido padre Inácio Mendes de Moraes e Silva, patronos da AVL. Foi
seminarista, quando adquiriu boa cultura humanística, possibilitando-lhe
exercer importantes cargos. Membro do Conselho de Intendência da Vila do Mearim
(1890 e 1892). Deputado estadual representando o Baixo Mearim (1895/97). Fiscal
do consumo. Diretor da Secretaria Geral da Instrução Pública do Estado do
Maranhão (1898). Viveu a maior parte de sua vida em Vitória do Baixo Mearim. Casado
com Leocádia do Espírito Santo Teixeira, morreu a 03/01/1926, em Arari, sem
deixar descendência.
CADEIRA Nº 36 (Arari)
CADEIRA Nº 37 (Vitória)
Patrono – LOURENÇO PEREIRA PINTO. Músico.
Compositor de marchas e dobrados. Vitoriense, nascido a 10/08/1901 no povoado
Santa Cruz. Aos 14 anos, aprendeu o ofício de músico, tocando na bandinha da
Vila. Rapaz, ingressou na carreira militar como músico de 3ª classe, em S.
Luís, logo chegando à 1ª classe. Prefeito municipal de Vitória, de janeiro de
1951 a junho de 53, em gestão das mais operosas e pioneira em vários aspectos.
Revitalizou a orquestra municipal. Faleceu na sua terra, pobre, em 06/05/1987.
Composições suas constam na coleção A
grande música do Maranhão, organizada pelo Pe. João Mohana.
CADEIRA Nº 38 (Arari)
Patrono – JOSÉ ANTONIO
FERNANDES. Idealista. Lutou pela autonomia de Arari. Nasceu no início do Século
XIX, filho de Antonio José Fernandes e neto de português de Lisboa, homônimo,
radicado no povoado. Casado em 1830 com Maria das Neves Rodrigues Chaves, era
avô de Thiago José Fernandes e José Silvestre
Fernandes, patronos da AVL. Rico senhor de engenho e proprietário rural. Juiz
de Paz em 1836, encabeçou abaixo-assinado dirigido ao Bispo do Maranhão,
pedindo a elevação da capela do lugar à condição de curato. Capitão da Guarda
Nacional, hospedou, em 1858, o Bispo do Maranhão, em viagem pastoral, quando
lhe pediu a criação da Paróquia de Na. Sra. da Graça do Arari, no que foi
atendido ainda no mesmo ano. Fez gestões para a emancipação política de Arari,
o que ocorreu em 1864, quando foi eleito vereador com a maior votação,
assumindo a presidência da Câmara Municipal na sua primeira legislatura, o que
lhe garantiu a condição de primeiro administrador do Município. Na época, era
tenente-coronel da Guarda Nacional.
CADEIRA Nº39 (Arari)
Patrono – THIAGO JOSÉ FERNANDES. Orador. Literato. Nasceu
em Arari, em 1889, filho de Pedro Leandro Fernandes e Benedita Raimunda Chaves
Fernandes. Seu pai era neto paterno de português do Arcebispado de Braga,
homônimo, e bisneto materno de Nicolau Antonio Rodrigues Chaves, também
português, ambos incluídos entre os primeiros moradores de Arari. Sua mãe era
neta materna do mesmo Nicolau e filha de José Antonio Fernandes, patrono da
AVL. Primo de José Silvestre Fernandes, também patrono da AVL, com quem, em
1904, fundou o jornal A Luz. Estudou em S. Luís. Detentor da
maior cultura da época em Arari, foi promotor público adjunto, juiz suplente e
era o escolhido para escrever e ler os discursos nas solenidades locais. Major
da Guarda Nacional. O conto Ascensão de um tartufo, de sua autoria, foi
mencionado por Clóvis Moraes em sua obra Terra Timbira. Faleceu em 1942, em Arari, deixando viúva e
três filhos, que não lhe deram netos.
CADEIRA Nº 40 (Vitória)
Patrono – VINÍCIUS
CÉSAR SILVA DE BERREDO. Poeta e tradutor. Vitoriense, nascido a 06/07/1904,
descendia de Bernardo Pereira de Berredo, governador do Maranhão no início do
século XVIII. Engenheiro, exerceu chefias no Departamento Nacional de Obras
Contra a Seca. Erudito, lia os autores clássicos e modernos no idioma original.
Conhecedor profundo de português, latim e grego. Dominava o francês, o inglês,
o alemão, o espanhol e o italiano. Faleceu em 16/05/1969, deixando farta
produção poética e esmeradas traduções de obras primas, inclusive os cantos
completos de O inferno, da Divina Comédia, de Dante Alighieri, obra
publicada em 1976, sob excelente juízo da crítica, considerando renovada a
tradição inventiva fundada pelo grande maranhense Odorico Mendes quando
transpôs Homero e Virgílio para o português, no século XIX.
(Textos: Washington Cantanhêde)
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